Túnel do Marão. Combate ao incêndio começou 36 minutos depois do alerta

Túnel do Marão. Combate ao incêndio começou 36 minutos depois do alerta


Inquérito ao acidente revela um espaço de 36 minutos entre o alerta e o início do combate às chamas


No dia 11 de junho de 2017, dentro do Túnel do Marão, um autocarro de passageiros ardeu. Na sequência do acidente o secretário de Estado da Proteção Civil ordenou a realização de um inquérito, dirigido pela Proteção Civil.

Segundo a Lusa, o inquérito aponta algumas falhas e deixa recomendações, como a revisão dos planos de Emergência e Intervenção dentro do túnel.

O incêndio não provocou feridos, mas o autocarro ardeu por inteiro e o túnel sofreu alguns danos, tendo se ser encerrado ao trânsito durante alguns dias.

Do inquérito concluiu-se que houve um "significativo hiato temporal" de "36 minutos" entre o alerta e o início de combate às chamas. O alerta foi dado às 20h30 e os meios só chegaram ao local às 20h57.

É "indispensável rever os procedimentos em ordem a garantir uma mais célere resposta dos meios despachados para o local", refere o documento, alertando para o facto de ser necessário "aperfeiçoar os procedimentos previstos em matéria de evacuação, mormente em ordem a definir quem acompanha e coordena o grupo de utentes a evacuar (chefe de fila), quem segue em último lugar no grupo, bem como a prever a identificação de todos os utentes e verificar se foram todos evacuados para local seguro", procedimentos que "não se verificaram nesta situação".

Num despach publicado em Diário da República na quinta-feira, o governo prevê a revisão, até ao final de março, de todos os planos Emergência Interno do e de Intervenção no Túnel do Marão, a elaboração de um Plano de Prevenção e a realização de um simulacro de incêndio.