À grande e à Socialista


É claro que por vezes podem os ministros não terem responsabilidade direta em alguns falhanços, mas demitam-se!


A poucos dias de terminar mais um ano civil, começa a ser quase inato realizar uma observação ao que foi o ano de 2016, nomeadamente também em termos políticos e da governação.

De resto, até mesmo António Costa já o parece ter feito pois caracterizou o ano ainda corrente como tendo sido, e a palavra é sua, saboroso. Ora se já começavam a ser questionáveis algumas preferências do primeiro ministro, ficámos todos a saber que pelos vistos lhe parece agradar o sabor a queimado.

Estranha-se, portanto, que lhe seja agradável ao palato o que ao restante país ainda sangra em ferida aberta. Mas não nos fiquemos por aqui. Afinal o que não falta é matéria, para com a cabeça fria que sempre costuma abundar em final de ano, ser devidamente esmiuçada.

Repare-se: primeiramente, na tragédia dos fogos, demonstrou o Estado claramente que deixou de ser capaz de defender os seus cidadãos dos perigos que os afetam. Mas não esqueçamos que o Estado é comandado pelos seus vários representantes.

Ora se o primeiro falhou foi porque os segundos falharam também. Mas tudo passou pelos pingos da chuva e o governo “seguiu para bingo”. Depois veio o episódio de Tancos e, com ele, um ministro que disse que houve um roubo que afinal até o poderia não ser, mas que o sendo acabou por terminar com a devolução das armas roubadas mais brinde extra oferecido pelos assaltantes.

Até hoje esclarecimentos cabais ao país, nenhuns, e também o ministro Azeredo Lopes que o devia já não ser, sobreviveu incólume à demonstração da sua incompetência. Mais recentemente estoira o escândalo Raríssimas, surge de novo o nome de um ministro deste executivo associado ao mesmo, e uma vez mais parecem não haver quaisquer consequências políticas, agora, para Vieira da Silva, o que demonstra a clara bandalheira em que está o governo do país.

É claro que por vezes podem os ministros não terem responsabilidade direta em alguns falhanços, mas demitam-se! A manter-se tudo como está, assim, é à grande e à socialista!

 

Escreve à sexta-feira