Incêndios lavram em Portugal e número de bombeiros feridos aumenta

Incêndios lavram em Portugal e número de bombeiros feridos aumenta


O país continua a arder e os prejuízos humanos e materiais vão crescendo. Em Oleiros, as chamas fizeram 26 deslocados e dez bombeiros feridos, dois em estado grave


Vinte e seis deslocados, oito bombeiros com ferimentos ligeiros e dois em estado grave: este é o resultado de um incêndio em Oleiros que começou a lavrar no passado dia 23 de agosto. O comandante Paulo Santos, oficial de operações da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), disse ao i que esta “é uma ocorrência que ainda está com alguns meios em vigilância ativos”. Apesar de a ANPC já não estar a lidar diretamente com este incêndio, segundo o responsável, estiveram 307 veículos e 907 operacionais no teatro de operações.

Segundo o responsável da ANPC, os bombeiros feridos faziam parte de um grupo de reforço de Leiria que, a caminho do teatro de operações, “foi surpreendido pelo incêndio numa zona de curvas e contracurvas”. Dois veículos acabaram por ser afetados pelas chamas. Alguns dos bombeiros no interior dos veículos acabaram por ficar com ferimentos, dois deles com maior gravidade.

Mais de uma centena de bombeiros feridos Nas duas últimas semanas, o combate aos incêndios causou ferimentos a 121 bombeiros, que representam assim a maioria das vítimas registadas pelo INEM na sequência dos fogos. Paulo Santos não pôde atualizar os dados relativos ao número total de bombeiros feridos em território nacional no combate às chamas. No entanto, lembra que “a atividade de combate a incêndios é sempre uma situação de risco e, felizmente, estamos a falar apenas de ferimentos ligeiros”. Nas ocorrências mais recentes contam-se ainda três bombeiros feridos leves em Pinhel . “Apenas um teve de ir ao hospital”, continuando os outros dois em serviço no teatro de operações. Também em Celorico da Beira há registo de dois bombeiros feridos leves, um vítima de trauma e outro de queimaduras.

Incêndios ativos Segundo os dados disponibilizados pela ANPC, o incêndio de Gonçalo, na Guarda, já durava há mais de cinco horas às 19h45 de domingo. Segundo Paulo Santos, “as operações têm estado a ocorrer favoravelmente”, tendo à hora de fecho desta edição a previsão de dar o incêndio “como dominado nas próximas horas”.

As autoridades consideram que todas as ocorrências , com exceção de Celorico da Beira, “que ainda tem uma extensão de alguma forma considerável e que ainda vai dar algum trabalho”, vão estar controladas em breve, disse ao i o comandante. Segundo Paulo Santos, conta-se que, “nas próximas horas, a situação de Pinhel esteja resolvida e que, com o início da noite, haja maior facilidade nas operações de combate que decorrem no Parque Natural do Douro Internacional”, concluiu.