Espanha. Gestifute clama inocência de Mourinho

Espanha. Gestifute clama inocência de Mourinho


Empresa de Jorge Mendes garante que o treinador português não foi notificado de qualquer denúncia e que cumpriu com todas as obrigações fiscais


Em comunicado, a Gestifute, empresa de Jorge Mendes que representa José Mourinho, garantiu não ter sido notificada de qualquer denúncia em relação a alegada fraude fiscal do treinador português, proclamando também a total inocência do mesmo.

“José Mourinho, que residiu em Espanha desde junho de 2010 até maio de 2013, pagou mais de 26 milhões de euros em impostos, com uma taxa média superior a 41% e aceitou propostas de regularização da Administração Fiscal em 2015, relativas aos anos de 2011 e 2012, e resolveu por acordo a situação relativa ao ano de 2013. O Governo espanhol, através da Agência Tributária, emitiu uma certidão onde confirmava que ele tinha regularizado a sua situação e que se encontrava com todas as suas obrigações tributárias em dia”, pode ler-se na missiva.

​Recorde-se que Mourinho, segundo a Imprensa espanhola noticiou esta terça-feira, foi acusado de fuga ao fisco espanhol, no caso num valor de 3,3 milhões de euros, referentes aos anos de 2011 e 2012, quando treinava o Real Madrid. Tal como no caso de Cristiano Ronaldo, estes números referem-se a receitas provenientes da cedência dos direitos de imagem, que não terão sido declaradas por Mourinho.

De acordo com a Imprensa espanhola, o “Special One” estará a ser investigado desde 2014, tendo sido alertado de tal pelo próprio Fisco a 23 de julho desse ano. E tudo devido a contratos firmados pelo técnico luso com as empresas Kooper Services S.A. (com sede nas Ilhas Virgens Britânicas), Multisports & Image Management Limited e Polaris Sports Limited (ambas da Irlanda). “Todas estas estruturas societárias foram utilizadas pelo denunciado com o objetivo de esconder fisicamente os benefícios procedentes dos seus direitos de imagem”, acusa o Fisco espanhol.

Mourinho, refira-se, assinou a 3 de julho de 2015 um documento em que assumia não ter declarado direitos de imagem e concordava em pagar uma multa de 1,14 milhões de euros.