O arquiteto Éric Lapierre, que lidera uma equipa com base em Paris, será o curador-geral da Trienal de Arquitetura de Lisboa. Uma escolha unânime para o júri, adianta a organização, depois de analisadas as 48 propostas recebidas para a curadoria da quinta edição da Trienal, que decorre entre outubro e dezembro de 2019.
A equipa de Lapierre, que leciona o curso Architecture & Experience na escola de arquitectura de Marne-la-Vallée, em Paris, é composta pelo filósofo Sébastien Marot e pelos arquitetos Ambra Fabi, Giovanni Piovene, Mariabruna Fabrizi, Fosco Lucarelli, com assistência de por Laurent Esmilaire, Tristan Chadney e Vasco Pinelo de Melo.
Para o júri, terá sido decisivo "o facto de o arquiteto Éric Lapierre possuir uma experiência ampla em várias vertentes, do projeto à escrita de livros, ensaios, conceção de exposições e apresentações em conferências". Justifica ainda a organização que "num contexto de grande dispersão física e intelectual, esta proposta revela que a arquitetura pode e deve contribuir para construir uma sociedade melhor e mais bem informada".
O júri foi composto pelos membros da direção da Trienal, aos quais se juntou André Tavares, curador geral de "The Form of Form", da edição anterior, em conjunto com Diogo Seixas Lopes.
O objetivo para a Trienal na próxima edição é superar as ideias da arquitetura contemporânea "divididas entre edifícios icónicos que pretendem ser monumentos" de um lado e "edifícios repletos de referências históricas consideradas como um reservatório quase infinito de formas prontas para serem misturadas, independentemente de sua condição visual e de significado".