As autoridades turcas prosseguiam esta terça-feira várias operações de busca e detenção, tentando chegar ao homem que na noite de passagem de ano invadiu uma discoteca em Istambul e matou 39 pessoas a tiro e que vários jornais identificam como um cidadão do Quirguistão de 28 anos, algo que ainda não foi confirmado oficialmente.
Já 14 pessoas foram detidas desde a madrugada de domingo, incluindo, esta terça, dois cidadãos estrangeiros no aeroporto Ataturk, em Istambul, ele próprio vítima de um ataque terrorista este ano. Para além das detenções, uma fonte de segurança turca contactada pela Reuters sugeria ontem que a técnica de guerrilha utilizada pelo atacante – o homem esgotou uma meia dúzia de carregadores da sua espingarda automática antes de se colocar em fuga – indica que ele combateu na Síria em nome do grupo Estado Islâmico, a organização que reivindicou o atentado.
“O atacante tem seguramente experiência de combate, pode ter combatido na Síria por vários anos”, afirma a fonte de segurança não identificada à Reuters, corroborando uma das versões sobre a investigação publicada pela imprensa turca, segundo a qual o homem entrou no país vindo da Síria poucas semanas antes do atentado. A confirmar-se, a notícia revela que têm valido de pouco os recentes esforços das agências de informação e exército turco para travar a circulação de combatentes do Estado Islâmico na fronteira e identificá-los no território, onde nos últimos dois anos cometeu seis atentados.