O criminoso Fidel


O ditador Fidel Castro morreu e muitos teceram-lhe elogios. Como é  possível que tantos se tenham rendido à imagem falsa de um lutador romântico? Perante o que li e ouvi nos últimos dias sou forçado a perguntar se, caso seja necessário, essas pessoas estarão do lado certo no combate à opressão. 


Fidel matou, prendeu, torturou um povo que, apesar de tudo e com muito medo à mistura, o aguentou durante 57 anos. Mais de um milhão de cubanos fugiu, não de Cuba, mas de Fidel. Fugiram em barcaças, preferindo o mar infinito à prepotência, arrogância, autoritarismo e crueldade do ditador. 

Muitos morreram na viagem. Mais ainda morreram porque ficaram. De fome, na miséria, perseguidos. E os que viveram, fizeram-no com medo. Em silêncio. O tempo ensina a esconder as lágrimas e 57 anos são tempo de sobra para se aprender a esconder as emoções e a verdade. 

A morte de Fidel é uma esperança para os cubanos. Esta conclusão, por muito triste que seja, diz tudo sobre a personagem. Sublinhar quem foi verdadeiramente Fidel não é apenas impedir que este passe incólume, como pretendem tantos que por aí andam a apregoar a justiça mas que admiram ditadores. É o mínimo de respeito que nós, que tivemos a sorte de não sofrer às mãos de um Fidel Castro, devemos ter para com as suas vítimas. Eles sofreram e nós não somos capazes de contar a verdade? Porque se não formos capazes de o fazer agora, quem nos garante que estaremos presentes quando for preciso?   

Advogado. 

Escreve à quinta-feira 


O criminoso Fidel


O ditador Fidel Castro morreu e muitos teceram-lhe elogios. Como é  possível que tantos se tenham rendido à imagem falsa de um lutador romântico? Perante o que li e ouvi nos últimos dias sou forçado a perguntar se, caso seja necessário, essas pessoas estarão do lado certo no combate à opressão. 


Fidel matou, prendeu, torturou um povo que, apesar de tudo e com muito medo à mistura, o aguentou durante 57 anos. Mais de um milhão de cubanos fugiu, não de Cuba, mas de Fidel. Fugiram em barcaças, preferindo o mar infinito à prepotência, arrogância, autoritarismo e crueldade do ditador. 

Muitos morreram na viagem. Mais ainda morreram porque ficaram. De fome, na miséria, perseguidos. E os que viveram, fizeram-no com medo. Em silêncio. O tempo ensina a esconder as lágrimas e 57 anos são tempo de sobra para se aprender a esconder as emoções e a verdade. 

A morte de Fidel é uma esperança para os cubanos. Esta conclusão, por muito triste que seja, diz tudo sobre a personagem. Sublinhar quem foi verdadeiramente Fidel não é apenas impedir que este passe incólume, como pretendem tantos que por aí andam a apregoar a justiça mas que admiram ditadores. É o mínimo de respeito que nós, que tivemos a sorte de não sofrer às mãos de um Fidel Castro, devemos ter para com as suas vítimas. Eles sofreram e nós não somos capazes de contar a verdade? Porque se não formos capazes de o fazer agora, quem nos garante que estaremos presentes quando for preciso?   

Advogado. 

Escreve à quinta-feira