Muito menos as gerações mais velhas da Grã Bretanha se chateiam com a tal burocracia da Comissão. Não, desta vez a Europa não tem culpa, contrariamente ao que já se vai dizendo por cá. Não, a imigração não é um problema de resolução fácil e muito tem-se procurado fazer desde Bruxelas para se manter os princípios civilizacionais que fundaram a organização e que tanto nos dão.
Sim, o medo prevaleceu sobre a esperança. E o egoísmo. O egoísmo de um país que é dos poucos do clube que dava mais do que recebia. A soberania que tanto clamam é em nome disso mesmo. Nada mais. E quem votou Brexit fê-lo por isso. Os mais afetados são países como Portugal que sempre receberam mais do que contribuiram. É por isso que hoje mais do que ontem deve começar a defesa intrínseca deste clube enquanto país. Para que ele saia melhor e mais fortalecido amanhã e que nós enquanto país consigamos também dizer que contribuimos mais do que devemos hoje e ontem. Para que não haja um Frexit.
Não, isto ainda não foi entendido por Carlos César e outros gerigonços. Sim, alguém lhes devia pôr uma rolha nos próximos dias. A demagogia que ora puxa pelo grupo ora mente nas causas, paga-se cara. Metade da Grã-Bretanha sabe disso e por isso já se procura um novo referendo.