As autoridades que garantem a segurança no Campeonato Europeu de Futebol – e em que estão integrados mais de uma dezena de elementos da PSP e da GNR – já identificaram nove adeptos da seleção portuguesa. Em causa está a “posse de artefactos pirotécnicos”.
A tradição mantém-se e, neste Campeonato Europeu de Futebol, os adeptos da seleção nacional ficam à margem dos desacatos mais violentos – como os confrontos que se registaram nas últimas semanas e que opuseram adeptos russos e ingleses, levando à expulsão de cerca de 200 pessoas que tinham viajado de Moscovo para Paris para acompanhar a sua equipa.
No caso dos adeptos luso-descendentes, foram identificados – mas não detidos – por transportarem consigo material proibido como é o caso dos petardos (pequenos artefactos de rebentamento) e, em pelo menos dois casos, dos flares (as tochas de fumo ou de luz que se veem nos estádios e que são usadas mais frequentemente pelas claques dos clubes de futebol).
“Não temos conhecimento de envolvimento [de adeptos portugueses] em desacatos”, ressalva a PSP ao i. “Apenas temos conhecimento da identificação de nove adeptos luso-descendentes por posse de artefactos pirotécnicos”.
Fora de jogo A PSP esclarece ainda que há, neste momento, 16 adeptos portugueses com “interdições judiciais” de entrada em estádios de futebol e ainda outro adepto com uma “interdição administrativa”.
“A PSP tem uma delegação em França com o objetivo de fazer a ligação entre a polícia francesa e os adeptos portugueses”, refere fonte oficial desta força de segurança. Mas, até ao momento, as autoridades não têm conhecimento de que algum dos elementos referenciados em Portugal tenha viajado até Paris para acompanhar mais de perto o percurso da equipa comandada pelo selecionador Fernando Santos.
Seguir os passos da equipa Desde que a seleção aterrou em Paris, há elementos quer da PSP quer da GNR permanentemente no terreno e que só voltarão a Portugal depois de a seleção nacional terminar a sua participação na prova.
Neste grupo há seis elementos da PSP e outros dois da GNR. Garantem a segurança junto dos adeptos e recolhem informações que possam servir à operação de segurança durante a competição – por exemplo, no que toca à eventual ação de adeptos referenciados por comportamentos violentos.
Os restantes elementos da comitiva portuguesa para a segurança do Euro pertencem ao corpo de segurança pessoal da PSP (a unidade que garante a proteção das mais altas figuras de Estado e do governo nacional). Estão exclusivamente focados nos jogadores e equipa técnica da seleção e são também comandados pelo superintendente Luís Simões. À TSF, o responsável da PSP já tinha falado sobre a operação de segurança. “Não direi que tem mais riscos que as outras seleções. É exatamente idêntico. Não vejo que haja um risco acrescido para a seleção nacional”, referiu.
Aparte os pedidos de “selfies” e manifestações mais efusivas de apoio aos jogadores, a equipa que acompanha em permanência os jogadores da seleção não registou, até ao momento, nenhum incidente.