A vaca que ri


O governo das esquerdas tem uma inesgotável capacidade de nos surpreender. Pela negativa, é certo, mas ainda assim é inquestionável que essa característica constitui já um pergaminho firmado da governação deste engenho maquiavélico a que chamam geringonça. 


A fantasia de que estamos melhor e de que se virou a página é contrastada com a queda das exportações, do investimento, do crescimento, e com o aumento da dívida pública. Claro que num tempo normal em que as vacas apenas pastam e as omeletes só se fazem com ovos, estes dados seriam absolutamente preocupantes e exaltariam o governo a responder com medidas concretas para que se invertesse o rumo das coisas. 

Mas não é assim. Aliás, é pior. A esquerda que nos governa enche a boca com chavões interessantes e que ficam no ouvido, sobretudo se repetidos muitas vezes, mas na prática alinha toda pela mesma bitola, sobretudo quando se trata de práticas no domínio do inexplicável. 

Veja-se, por exemplo, a polémica sobre a CGD e o fim dos limites salariais existentes para os seus administradores. O governo que atualizou as pensões num valor médio semelhante ao de um café é o mesmo que, sabendo das necessidades de capitalização do banco publico, e que invariavelmente serão pagas pelos suspeitos do costume, toma esta medida. Por decreto. Sem apreciação parlamentar e sem justificar nada a ninguém. 

Onde estão os defensores da moral democrática? Os tipos da esquerda patriótica que todos os dias enchem a boca com proclamações de defesa do povo? Não basta um tímido tweet de Catarina Martins. É preciso saber onde anda esta gente e o que pensa sobre o assunto. 

Porque, caso contrário, a vaca de Costa não só voa como ri. Ri-se de nós. 

Escreve à segunda-feira 


A vaca que ri


O governo das esquerdas tem uma inesgotável capacidade de nos surpreender. Pela negativa, é certo, mas ainda assim é inquestionável que essa característica constitui já um pergaminho firmado da governação deste engenho maquiavélico a que chamam geringonça. 


A fantasia de que estamos melhor e de que se virou a página é contrastada com a queda das exportações, do investimento, do crescimento, e com o aumento da dívida pública. Claro que num tempo normal em que as vacas apenas pastam e as omeletes só se fazem com ovos, estes dados seriam absolutamente preocupantes e exaltariam o governo a responder com medidas concretas para que se invertesse o rumo das coisas. 

Mas não é assim. Aliás, é pior. A esquerda que nos governa enche a boca com chavões interessantes e que ficam no ouvido, sobretudo se repetidos muitas vezes, mas na prática alinha toda pela mesma bitola, sobretudo quando se trata de práticas no domínio do inexplicável. 

Veja-se, por exemplo, a polémica sobre a CGD e o fim dos limites salariais existentes para os seus administradores. O governo que atualizou as pensões num valor médio semelhante ao de um café é o mesmo que, sabendo das necessidades de capitalização do banco publico, e que invariavelmente serão pagas pelos suspeitos do costume, toma esta medida. Por decreto. Sem apreciação parlamentar e sem justificar nada a ninguém. 

Onde estão os defensores da moral democrática? Os tipos da esquerda patriótica que todos os dias enchem a boca com proclamações de defesa do povo? Não basta um tímido tweet de Catarina Martins. É preciso saber onde anda esta gente e o que pensa sobre o assunto. 

Porque, caso contrário, a vaca de Costa não só voa como ri. Ri-se de nós. 

Escreve à segunda-feira