Caixa. A viragem à direita do Bloco e PCP


Se a “esquerdização” do PS tem dado matéria para romances intermináveis, tem-se falado muito pouco na alteração política substancial que se está a viver nos “parceiros”: Bloco de Esquerda e PCP


No rescaldo do congresso houve muita conversa sobre a viragem à esquerda do Partido Socialista. É verdade que nunca na história se sonhou que uma geringonça assim fosse possível; é verdade que nunca o Partido Socialista teve um discurso tão eurocrítico (e bem); é verdade que a questão dos colégios e a defesa da escola pública são um fator de unificação da esquerda – e a Igreja só ajuda à “festa esquerdista” quando, como ontem fez o arcebispo de Braga, se insurge contra o suposto “totalitarismo do Estado” e “questão ideológica” que estaria por trás do cumprimento da Constituição, que manda o Estado providenciar ensino público. Não gastar dinheiro em privados nos lugares onde a oferta pública é suficiente é do mais elementar bom senso.

Se a “esquerdização” do PS tem dado matéria para romances intermináveis, tem-se falado muito pouco na alteração política substancial que se está a viver nos “parceiros”: Bloco de Esquerda e PCP.

Não há a menor dúvida de que tanto o Partido Comunista como o Bloco de Esquerda mudaram. Há quase uma metamorfose ambulante que permite que as críticas ao decreto do Conselho de Ministros que decidiu aumentar os gestores da Caixa Geral de Depósitos tenham sido tão mansinhas, impossíveis de conceber se a decisão partisse de um governo PSD/CDS.

Vejamos: a Caixa Geral de Depósitos está em crise. Precisa de capitalização pública. De uma injeção de dinheiro do Estado. Segundo as explicações de Mário Centeno, ministro das Finanças, Bruxelas só deixa fazer isto (a recapitalização da CGD com dinheiros públicos) se os gestores públicos forem aumentados – e se o número de gestores da Caixa aumentar. Nós sabemos que uma grande parte das regras de Bruxelas não faz sentido, mas esta regra alegada por Mário Centeno é uma explicação sem pés nem cabeça. E que o BE e o PCP critiquem tão docemente a questão mostra que existe uma “direitização” da extrema-esquerda. É a vida.


Caixa. A viragem à direita do Bloco e PCP


Se a “esquerdização” do PS tem dado matéria para romances intermináveis, tem-se falado muito pouco na alteração política substancial que se está a viver nos “parceiros”: Bloco de Esquerda e PCP


No rescaldo do congresso houve muita conversa sobre a viragem à esquerda do Partido Socialista. É verdade que nunca na história se sonhou que uma geringonça assim fosse possível; é verdade que nunca o Partido Socialista teve um discurso tão eurocrítico (e bem); é verdade que a questão dos colégios e a defesa da escola pública são um fator de unificação da esquerda – e a Igreja só ajuda à “festa esquerdista” quando, como ontem fez o arcebispo de Braga, se insurge contra o suposto “totalitarismo do Estado” e “questão ideológica” que estaria por trás do cumprimento da Constituição, que manda o Estado providenciar ensino público. Não gastar dinheiro em privados nos lugares onde a oferta pública é suficiente é do mais elementar bom senso.

Se a “esquerdização” do PS tem dado matéria para romances intermináveis, tem-se falado muito pouco na alteração política substancial que se está a viver nos “parceiros”: Bloco de Esquerda e PCP.

Não há a menor dúvida de que tanto o Partido Comunista como o Bloco de Esquerda mudaram. Há quase uma metamorfose ambulante que permite que as críticas ao decreto do Conselho de Ministros que decidiu aumentar os gestores da Caixa Geral de Depósitos tenham sido tão mansinhas, impossíveis de conceber se a decisão partisse de um governo PSD/CDS.

Vejamos: a Caixa Geral de Depósitos está em crise. Precisa de capitalização pública. De uma injeção de dinheiro do Estado. Segundo as explicações de Mário Centeno, ministro das Finanças, Bruxelas só deixa fazer isto (a recapitalização da CGD com dinheiros públicos) se os gestores públicos forem aumentados – e se o número de gestores da Caixa aumentar. Nós sabemos que uma grande parte das regras de Bruxelas não faz sentido, mas esta regra alegada por Mário Centeno é uma explicação sem pés nem cabeça. E que o BE e o PCP critiquem tão docemente a questão mostra que existe uma “direitização” da extrema-esquerda. É a vida.