Vem aí o congresso mais curto da história do PS


Os congressos de candidato único não costumam ser grandes fóruns de debate interno. Era previsível que com a votação kim-il-jonguiana de António Costa nas diretas do partido não se viesse a prever um número elevado de vozes discordantes. Afinal, o outro candidato – o militante de base Daniel Adrião – só o foi por causa…


Posto isto, como se não chegasse a mais que previsível entronização de António Costa, num momento em que a solução governativa galvaniza a maioria do PS e a esquerda – a maioria do eleitorado que votou nas últimas legislativas – a direção do PS decidiu que não chegava a quase unanimidade. Teria mesmo que haver unanimidade.

Só isso explica que o congresso tradicional, onde as bases se inscrevem para dizer o que pensam no órgão mais importante do PS, se tenha transformado num híbrido entre o colóquio e o seminário, como diz ao i o ex-deputado Ricardo Gonçalves.

Segundo o programa do congresso, depois dos debates temáticos de sexta-feira, seguir-se-á na manhã de segunda um debate com dois grandes apoiantes da solução governativa que por acaso não são militantes socialistas: Pacheco Pereira e Ana Drago.

Os delegados ao congresso vão poder falar entre as três da tarde e as nove da noite, a hora programada para o encerramento dos trabalhos no sábado. Ao domingo há votações e discurso do secretário-geral e primeiro-ministro. Também há discursos de convidados amigos.

Seis horas para debater a situação do PS é indigno de um partido democrático. Seis horinhas! Obviamente que entre os múltiplos delegados que se vão inscrever para falar, a maioria ficará de fora. Se todos forem da minoria crítica, é ainda mais grave. O formato do congresso do PS demonstra que não existe no partido a magnanimidade (ou grandeza) que se pede aos vencedores. Costa tem muitas qualidades. Ser magnânimo não é uma delas.


Vem aí o congresso mais curto da história do PS


Os congressos de candidato único não costumam ser grandes fóruns de debate interno. Era previsível que com a votação kim-il-jonguiana de António Costa nas diretas do partido não se viesse a prever um número elevado de vozes discordantes. Afinal, o outro candidato - o militante de base Daniel Adrião - só o foi por causa…


Posto isto, como se não chegasse a mais que previsível entronização de António Costa, num momento em que a solução governativa galvaniza a maioria do PS e a esquerda – a maioria do eleitorado que votou nas últimas legislativas – a direção do PS decidiu que não chegava a quase unanimidade. Teria mesmo que haver unanimidade.

Só isso explica que o congresso tradicional, onde as bases se inscrevem para dizer o que pensam no órgão mais importante do PS, se tenha transformado num híbrido entre o colóquio e o seminário, como diz ao i o ex-deputado Ricardo Gonçalves.

Segundo o programa do congresso, depois dos debates temáticos de sexta-feira, seguir-se-á na manhã de segunda um debate com dois grandes apoiantes da solução governativa que por acaso não são militantes socialistas: Pacheco Pereira e Ana Drago.

Os delegados ao congresso vão poder falar entre as três da tarde e as nove da noite, a hora programada para o encerramento dos trabalhos no sábado. Ao domingo há votações e discurso do secretário-geral e primeiro-ministro. Também há discursos de convidados amigos.

Seis horas para debater a situação do PS é indigno de um partido democrático. Seis horinhas! Obviamente que entre os múltiplos delegados que se vão inscrever para falar, a maioria ficará de fora. Se todos forem da minoria crítica, é ainda mais grave. O formato do congresso do PS demonstra que não existe no partido a magnanimidade (ou grandeza) que se pede aos vencedores. Costa tem muitas qualidades. Ser magnânimo não é uma delas.