Ainda antes do arranque da feira, Carlos Urroz, o seu diretor, já havia admitido a intenção de que este não fosse um ato único mas antes a primeira de muitas edições. No entanto, remeteu a decisão para depois do término da ArcoLisboa. A decisão acabou por surgir ainda antes do encerramento de portas e antes da obtenção dos números finais das vendas das 45 galerias participantes. Mas os indicadores, extremamente positivos, permitiram já à organização tomar a decisão de regressar para uma segunda edição.
Foram perto de 13 mil, os visitantes que passaram pela Fábrica da Cordoaria Nacional, para a ArcoLisboa, entre os dias 25 e 29, com o primeiro dia a funcionar em exclusivo para profissionais. O número reflete o sucesso desta primeira incursão da feira de arte contemporânea de Madrid fora de portas e justifica a decisão, já confirmada pela organização, de que a ArcoLisboa regressará na segunda quinzena de maio de 2017, para uma edição que terá um forte elo com a nomeação de Lisboa como Capital Ibero-americana da Cultura.
A galerista Cristina Guerra, que dirige a Cristina Guerra Contemporary Art, além de ter integrado também o comité organizador desta ArcoLisboa, ainda antes do arranque da feira sublinhou a importância de que o balanço fosse positivo para que a arte contemporânea portuguesa ganhasse um novo palco e mais expressão internacional. E não saiu desiludida: “Superámos as nossas expetativas porque para além das vendas estarem a correr bem, estamos a conhecer muitos colecionadores que começam a contactar com uma nova realidade artística em Portugal”. A galerista Vera Cortês sublinhou ainda a presença de todos os colecionadores portugueses, mas também colecionadores vindos da Bélgica, França, Alemanha e Brasil. ”A ArcoLisboa conseguiu atrair colecionadores, curadores, e admiradores muito interessantes, tornando-se uma oportunidade fantástica para que conheçam as galerias e os artistas portugueses.”
Segundo a organização, além da qualidade das galerias e das obras de arte presentes, o sucesso desta feira teve também a ver com um completo programa paralelo que ajudou a abrir Lisboa para todos os galeristas e colecionadores internacionais que visitaram a cidade.