O calor teima em não chegar, mas assim que o sol der um ar de sua graça poderá usufruir das 579 praias do país. Segundo a associação ambiental ZERO, este é um número recorde de zonas balneares em Portugal, que conta com mais treze espaços habilitados a banhos do que no ano passado.
Das 579 praias, 443 situam-se em zonas costeiras, 22 em locais de transição (como, por exemplo, em estuários) e as restantes 115 são no interior, enumera a associação. As treze novas zonas balneares distribuem-se por todo o território continental e arquipélagos (quatro no Norte, três nos Açores e também na Madeira, duas na região Centro e uma nova praia no Alentejo). A ZERO diz-se, no geral, satisfeita “pela melhoria da qualidade verificada” mas também pelo recorde de praias que também foi alcançado no interior, que “permitem diversificar o lazer por zonas interiores do país com enorme interesse paisagístico, natural e também cultural e socioeconómico”.
A organização alerta, no entanto, para algumas “falhas no saneamento básico e problemas de gestão da bacia hidrográfica, os quais estarão na origem de análises com elevados índices de poluição”. Apesar de haver “mais 28 praias de qualidade excelente” do que em 2015, Portugal continua com “três praias com qualidade classificada como ‘má’”, o que significa que o país falha o objetivo de uma Diretiva Europeia de 2006 que impunha que “todas as águas balneares devem ser classificadas como ‘aceitável’ até ao final da época balnear de 2015”. Outra má notícia: a única praia existente até agora no estuário do Tejo foi desclassificada. A praia da Ponta dos Corvos, no Seixal, “deixou de ser considerada como tal nesta época balnear de 2016, dado não reunir as condições para funcionar como tal”.