Brasil e os meios que não justificam os fins


A ainda presidente Dilma Rouseff não deixará saudades ao Brasil. Foi uma escolha desastrosa que conduziu o país a uma recessão que atinge níveis históricos. Das más opções económicas à pior condução política, terminando nos recentes escândalos do PT, pouco ou nada resta em defesa do seu legado enquanto chefe de estado.


Assim, a votação parlamentar de ontem relativa ao seu impeachment foi de encontro à vontade da maioria da população brasileira. Tal como na Câmara, fora dela – já poucos a querem naquele lugar. Mas existe um problema. E não é menor. Estes meios não podem justificar o fim procurado. Dilma não está acusada de nada. Pelo menos formalmente. E dos 38 deputados que votaram a favor do relatório para a abertura do impeachment, 21 foram ou estão a ser acusados judicialmente por crimes diversos. Mais de 60% dos membros da Câmara dos deputados está sob investigação ou foram constituídos arguidos em processos de corrupção, lavagem de dinheiro, e fraude eleitoral. E o que dizer do próprio presidente da Câmara?

Todos estes, muitos deles com “telhados de vidro”, continuam a achar que meios injustificados justificam-se por um final desejado e politicamente justo. Esquecem-se que foi isso que sempre se virou contra o país. Até que amanhã sejam novamente relembrados desse facto e seja tarde demais.

Brasil e os meios que não justificam os fins


A ainda presidente Dilma Rouseff não deixará saudades ao Brasil. Foi uma escolha desastrosa que conduziu o país a uma recessão que atinge níveis históricos. Das más opções económicas à pior condução política, terminando nos recentes escândalos do PT, pouco ou nada resta em defesa do seu legado enquanto chefe de estado.


Assim, a votação parlamentar de ontem relativa ao seu impeachment foi de encontro à vontade da maioria da população brasileira. Tal como na Câmara, fora dela – já poucos a querem naquele lugar. Mas existe um problema. E não é menor. Estes meios não podem justificar o fim procurado. Dilma não está acusada de nada. Pelo menos formalmente. E dos 38 deputados que votaram a favor do relatório para a abertura do impeachment, 21 foram ou estão a ser acusados judicialmente por crimes diversos. Mais de 60% dos membros da Câmara dos deputados está sob investigação ou foram constituídos arguidos em processos de corrupção, lavagem de dinheiro, e fraude eleitoral. E o que dizer do próprio presidente da Câmara?

Todos estes, muitos deles com “telhados de vidro”, continuam a achar que meios injustificados justificam-se por um final desejado e politicamente justo. Esquecem-se que foi isso que sempre se virou contra o país. Até que amanhã sejam novamente relembrados desse facto e seja tarde demais.