O congresso do PSD


O 36.º Congresso do PSD foi o congresso do vazio: um vazio absoluto de ideias e de estratégia


O 36.o congresso do PSD foi o congresso do vazio: um vazio absoluto de ideias e de estratégia, parecendo que o partido se encontra mesmo perdido no deserto. Mas deve dizer-se que a culpa disto é tanto de Passos Coelho como dos seus críticos.

Passos Coelho foi incapaz de apresentar qualquer renovação nos órgãos dirigentes e, confrontado com a ausência de grande parte dos apoios que já teve, disse apenas que só fazia falta quem lá estava. Pelos vistos, os dirigentes históricos do partido não lhe fazem falta nenhuma, já que destes só apareceu Santana Lopes, que mais uma vez passeou o seu ego pelo congresso para não dizer absolutamente nada, a menos que alguém ache que um “keep cool” é uma estratégia adequada para umas autárquicas decisivas.

Essa falta de estratégia ficou, aliás, bem clara quando Aguiar-Branco apelou à mobilização do partido para as autárquicas, convidando, sabe-se lá a que título, José Eduardo Martins e Pedro Duarte a candidatarem-se a Lisboa e Porto. Ele próprio, no entanto, só está disponível para se candidatar à assembleia municipal de Guimarães. Bem prega frei Tomás…

Quanto aos críticos, o que se viu foi a debandada geral. Só José Eduardo Martins salvou a honra do convento, aparecendo e dando a cara. Quanto a Paulo Rangel, pretende que o PSD imite o Bloco nas propostas fraturantes, apresentando uma proposta de lei a proibir o tratamento por doutor ou engenheiro. Se o ridículo matasse…

Deste congresso resultou assim uma liderança do PSD fechada sobre si própria com uma oposição interna totalmente ausente. Uma excelente notícia para o governo da geringonça.

Professor da Faculdade de Direito de Lisboa

Escreve à terça-feira


O congresso do PSD


O 36.º Congresso do PSD foi o congresso do vazio: um vazio absoluto de ideias e de estratégia


O 36.o congresso do PSD foi o congresso do vazio: um vazio absoluto de ideias e de estratégia, parecendo que o partido se encontra mesmo perdido no deserto. Mas deve dizer-se que a culpa disto é tanto de Passos Coelho como dos seus críticos.

Passos Coelho foi incapaz de apresentar qualquer renovação nos órgãos dirigentes e, confrontado com a ausência de grande parte dos apoios que já teve, disse apenas que só fazia falta quem lá estava. Pelos vistos, os dirigentes históricos do partido não lhe fazem falta nenhuma, já que destes só apareceu Santana Lopes, que mais uma vez passeou o seu ego pelo congresso para não dizer absolutamente nada, a menos que alguém ache que um “keep cool” é uma estratégia adequada para umas autárquicas decisivas.

Essa falta de estratégia ficou, aliás, bem clara quando Aguiar-Branco apelou à mobilização do partido para as autárquicas, convidando, sabe-se lá a que título, José Eduardo Martins e Pedro Duarte a candidatarem-se a Lisboa e Porto. Ele próprio, no entanto, só está disponível para se candidatar à assembleia municipal de Guimarães. Bem prega frei Tomás…

Quanto aos críticos, o que se viu foi a debandada geral. Só José Eduardo Martins salvou a honra do convento, aparecendo e dando a cara. Quanto a Paulo Rangel, pretende que o PSD imite o Bloco nas propostas fraturantes, apresentando uma proposta de lei a proibir o tratamento por doutor ou engenheiro. Se o ridículo matasse…

Deste congresso resultou assim uma liderança do PSD fechada sobre si própria com uma oposição interna totalmente ausente. Uma excelente notícia para o governo da geringonça.

Professor da Faculdade de Direito de Lisboa

Escreve à terça-feira