O cartaz do Bloco de Esquerda


O Bloco de Esquerda é um partido típico de esquerda-caviar, convivendo com o sistema capitalista, mas proclamando um absoluto radicalismo de esquerda, quase sempre inconsequente. É assim que enquanto o PCP defende uma rutura efetiva, começando pela nacionalização da economia e acabando na saída do euro, o Bloco se fica pelas “medidas fraturantes”, que podem…


Foi assim que o Bloco, aproveitando a oportunidade que Cavaco Silva lhe deu de festejar pela segunda vez a adoção por pessoas do mesmo sexo, resolveu aproveitar os festejos para fazer um cartaz a parodiar a imagem de Cristo. Aí está um erro em que o PCP nunca cairia, uma vez que nunca lhe interessou repetir as guerras que a i República travou com a Igreja Católica. Mas o Bloco não tem essa experiência, e como continua a seguir a doutrina marxista de que a religião é o ópio do povo, não vê problema nenhum em ser engraçadinho com os sentimentos religiosos dos outros.

Álvaro Cunhal falava, a este propósito, do radicalismo pequeno-burguês de fachada socialista. Em qualquer caso, o que se pode perguntar é se um partido que alinha nestas chalaças merece alguma credibilidade como sustentáculo de um governo.

Professor da Faculdade de Direito de Lisboa

Escreve à terça-feira


O cartaz do Bloco de Esquerda


O Bloco de Esquerda é um partido típico de esquerda-caviar, convivendo com o sistema capitalista, mas proclamando um absoluto radicalismo de esquerda, quase sempre inconsequente. É assim que enquanto o PCP defende uma rutura efetiva, começando pela nacionalização da economia e acabando na saída do euro, o Bloco se fica pelas “medidas fraturantes”, que podem…


Foi assim que o Bloco, aproveitando a oportunidade que Cavaco Silva lhe deu de festejar pela segunda vez a adoção por pessoas do mesmo sexo, resolveu aproveitar os festejos para fazer um cartaz a parodiar a imagem de Cristo. Aí está um erro em que o PCP nunca cairia, uma vez que nunca lhe interessou repetir as guerras que a i República travou com a Igreja Católica. Mas o Bloco não tem essa experiência, e como continua a seguir a doutrina marxista de que a religião é o ópio do povo, não vê problema nenhum em ser engraçadinho com os sentimentos religiosos dos outros.

Álvaro Cunhal falava, a este propósito, do radicalismo pequeno-burguês de fachada socialista. Em qualquer caso, o que se pode perguntar é se um partido que alinha nestas chalaças merece alguma credibilidade como sustentáculo de um governo.

Professor da Faculdade de Direito de Lisboa

Escreve à terça-feira