A líder da Frente Nacional (FN), Marine Le Pen, divulgou no Twitter uma foto do jornalista norte-americano, James Foley, decapitado pelo Estado Islâmico, com a legenda “Daesh (EI) é isto”.
Junto à foto do jornalista, cuja morte foi filmada e transmitida pelo Estado Islâmico, Le Pen partilhou mais duas: uma correspondente a um piloto jordano queimado vivo e outra de um homem quase a ser esmagado por um tanque.
O acto teve como base a acusação do jornalista Jean-Jacques Bourdin, que terá Le Pen de partilhar um “espírito comum” com o grupo terrorista.
A publicação da líder da FN chocou os pais do jornalista que se mostraram “profundamente perturbados” com a acção de Le Pen. “A nossa família foi informada esta manhã que a política francesa Marine Le Pen publicou no Twitter uma imagem vergonhosa e não censurada do Jim [nome pelo qual o jornalista era carinhosamente tratado]. Estamos profundamente perturbados com o facto de Le Pen ter usado a fotografia do nosso filho sem a ter solicitado, com um objectivo político”, disseram em comunicado os pais do jornalista, exigindo ainda que Le Pen retirasse todas as fotos.
A líder da Frente Nacional apressou-se a pedir desculpa. “Eu não sabia que era uma foto de James Foley. Está acessível para todos no Google. Soube que a família me pediu que a retirasse. Claro que a removi imediatamente, disse Le Pen à agência de notícias AFP.
Vários políticos franceses, incluindo o primeiro-ministro, Manuel Valls, não hesitaram em criticar Le Pen.
