Os portugueses investiram 199 milhões de euros em instrumentos de dívida pública em Outubro. Os dados foram revelados pelo Boletim Mensal da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) e mostram um aumento de quase 20% face ao mês de Setembro.
De acordo com os mesmos dados, entraram, em termos líquidos, 21 milhões de euros em certificados de aforro, a que se juntaram 178 milhões dos CTPM. O global captado em Outubro superou em 19,9% os 166 milhões de euros aplicados pelas famílias nestes títulos de dívida de retalho durante o mês de Setembro, apesar do contexto de instabilidade.
Os CTPM, que têm garantia de capital, continuam a ser os títulos favoritos, captando 89,4% do montante global. O valor aplicado, em termos líquidos, cresceu em 18% face ao mês anterior, tendo alcançado um máximo desde que em Janeiro se registou o recorde de 1.472 milhões antes do corte das taxas oferecidas pelo Estado. Os CTPM pagam uma taxa bruta média anual média de 2,25%.
No entanto, o maior aumento verificou-se nos certificados de aforro. Estes títulos que agora estão a pagar menos de 1% (dão menos que o prémio já que a Euribor a três meses está negativa) registaram subscrições de 70 milhões, com resgates de 49 milhões. O saldo foi positivo, registando-se um crescimento de 40% face a Setembro. O valor captado foi o mais elevado desde Abril.