A equipa do MIT Hacking Medicine do Massachusetts Institute of Technology tem um novo trunfo para levar a medicina de ponta mais longe. E o trunfo é João Ribas, investigador da Universidade de Coimbra que também é o primeiro português a integrar este clube internacional que promove o empreendedorismo em saúde e recruta os melhores especialistas em qualquer lugar do planeta.
A missão da equipa não é ficar num único lugar à espera que os problemas surjam para começar a resolvê-los. A abordagem é bem diferente. Estão em qualquer parte do mundo. Ou melhor, estão onde julgam fazer sentido. A MIT Hacking Medicine conta com médicos, engenheiros, cientistas, designers e empreendedores para encontrar as melhores soluções na área da saúde. E João Ribas irá contribuir com a combinação de técnicas de engenharia e biologia para a descoberta de fármacos e soluções tecnológicas com vista a aplicações biomédicas.
A integração nesta equipa “significa poder impulsionar e espalhar a inovação na área dos cuidados de saúde a uma escala global”, e também a oportunidade para fazer a diferença e contribuir para a sua formação enquanto empreendedor na área, explica o investigador do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da Universidade de Coimbra. E agora que passa a fazer parte de um grupo internacional, João Ribas quer usar a influência para chegar mais longe, sobretudo aos lugares onde julga poder vir a fazer diferença: “Esperamos internacionalizar a nossa abordagem a vários países e criar conteúdos online, de forma a ajudar pessoas pelo mundo inteiro a terem acesso ao nosso conhecimento e metodologias. O livre acesso a essa informação pode estimular a mudança e a inovação, mesmo com poucos recursos.”
A primeira tarefa já lhe foi atribuída. O investigador da Universidade de Coimbra vai liderar um evento do MIT Hacking Medicine no Equador, o primeiro país da América do Sul a receber esta equipa. O objectivo passa “por identificar os problemas na área da saúde daquela região” e, durante um fim-de-semana, vários grupos irão trabalhar em potenciais soluções, criando protótipos e identificando o seu potencial de negócio. “Há outros eventos semelhantes na agenda e está também em aberto a possibilidade de trazer um a Portugal”, conta o investigador.
O português está a terminar o doutoramento no programa doutoral em Biologia Experimental e Biomedicina do CNC e desenvolve a sua pesquisa na Harvard Medical School, Brigham and Women’s Hospital e no MIT.