André Figueiredo: espero que o PS se oponha a novos aumentos de impostos


 


 

O deputado socialista André Figueiredo defendeu hoje que o PS deverá assumir as suas responsabilidades enquanto força da oposição e rejeitar em absoluto qualquer medida do Governo para aumentar a carga fiscal em 2013.

André Figueiredo, ex-secretário nacional do PS para a Organização durante a liderança de José Sócrates, foi um dos 17 deputados socialistas que subscreveram o pedido de fiscalização sucessiva das normas do Orçamento do Estado para 2012 referentes à suspensão dos subsídios de férias e de Natal dos trabalhadores do setor público e dos pensionistas.

Em declarações à agência Lusa, André Figueiredo referiu-se de forma crítica à possibilidade admitida na quinta-feira à noite pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, no sentido de compensar o fim da suspensão dos subsídios de Natal e de férias do setor público e dos reformados com medidas de aumento da carga fiscal.

"Após as declarações do primeiro-ministro, espero que o PS esteja à altura das suas responsabilidades enquanto maior partido da oposição e se bata contra qualquer medida que aumente a carga fiscal no âmbito do Orçamento do Estado para 2013", advertiu o deputado socialista.

O ex-dirigente do PS referiu depois que o CDS-PP, por intermédio de vários dos seus dirigentes, já se manifestou contra uma via de consolidação orçamental feita pelo lado do acréscimo de receitas, ou seja, através de aumentos de impostos.

"Mas o primeiro-ministro, numa declaração em que demonstrou imaturidade democrática face à decisão do Tribunal Constitucional, assim como grande impreparação governativa, já se disponibilizou para substituir os cortes dos subsídios por aumentos da receita através da subida da carga fiscal. Estes factos demonstram que a coligação de Governo PSD/CDS tem posições muito distintas e que o PS será decisivo para que o caminho da consolidação orçamental seja feito pelo corte nas gorduras do Estado (tal como propõe o CDS) e não por via do aumento dos impostos, que seria inadmissível", sustentou o deputado socialista.