Exames de Português e Matemática com 51% e 44% de média no 9º ano em 2011


A média nacional dos exames de Matemática no 9.ºano foi negativa (44,4 por cento) e a de Língua Portuguesa ficou-se pelos 51,4 por cento em 2010/2011, segundo o relatório hoje publicado pelo Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE). Na análise dos resultados da Prova Escrita de Língua Portuguesa relativos à primeira chamada consideraram-se as respostas de…


A média nacional dos exames de Matemática no 9.ºano foi negativa (44,4 por cento) e a de Língua Portuguesa ficou-se pelos 51,4 por cento em 2010/2011, segundo o relatório hoje publicado pelo Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE).

Na análise dos resultados da Prova Escrita de Língua Portuguesa relativos à primeira chamada consideraram-se as respostas de 85.410 alunos internos do 9.ºano de escolaridade

A Língua Portuguesa, numa escala de 1 a 5, a percentagem de classificações iguais ou superiores a nível 3 foi de 57,9 por cento.

Entre os itens com pior desempenho estão aqueles em que se avalia a leitura e a escrita, nomeadamente com uma estrofe de “Os Lusíadas” e um valor de classificação média em relação à cotação total de 27 por cento.

Os piores resultados (apenas 11,4 por cento de respostas corretas), verificaram-se no item 4.1 do Grupo II. A explicação do GAVE é esta: “O facto de o predicado subordinante conter um verbo no modo condicional exigia o recurso a um padrão de colocação do pronome átono que é uma das áreas reconhecidamente frágeis da língua padrão: a mesóclise”.

Para o GAVE, os resultados apurados demonstram que perante uma tarefa de escrita como a apresentada, os alunos tiveram facilidade em cumprir a instrução quanto ao tema e ao tipo de texto. Já no que se refere a aspetos relacionados com a estrutura, a coesão, a morfologia e a sintaxe “houve, tendencialmente, mais dificuldades”.

O GAVE destaca que, apesar da descida dos resultados em relação ao ano anterior, o desempenho dos alunos se manteve positivo, com 57,9 por cento de positivas e 51,4 por cento de média global.

“Além da fragilidade dos desempenhos no domínio da gramática, são de assinalar os problemas detetados nos itens de construção em que se avaliava a leitura com graus diferentes de inferência”, lê-se no relatório 2011 dos exames nacionais.

Os alunos revelam também deficiências na escrita expositiva, um problema que “parece ter-se acentuado em 2011, com um item que exigia maior autonomia”.

Recomenda-se um trabalho mais sistemático de leitura e “particular atenção” à estruturação do texto.

A análise dos resultados de matemática, também na primeira chamada, evidencia 43,2 por cento de classificações positivas (igual ou superior a 3), situando a média nacional em 44,4 por cento.

Consideraram-se as respostas de 86.297 alunos.

O melhor desempenho, com uma classificação média de 67,2 por cento, diz respeito à resolução de um sistema de duas equações a duas incógnitas.

O item com pior desempenho avaliava conteúdos de Geometria e estava identificado como sendo o de dificuldade previsível mais elevada, tendo em conta que “exigia do aluno um raciocínio de caráter dedutivo”.

A classificação média em relação à cotação total foi de 7,1 por cento.

Os resultados verificados neste exame permitem “confirmar a recorrência de maiores dificuldades na resolução de problemas que exigem: leitura e interpretação de enunciados que envolvem a mobilização de vários conceitos, capacidade de abstração e mobilização de conhecimentos de forma sistemática”.

Os itens com melhor desempenho foram os que envolviam a aplicação direta de algoritmos, embora as classificações médias em relação às cotações totais tenham sido inferiores a 70 por cento.

Os autores do relatório dizem ainda que embora o cálculo da média seja, de um modo geral, efetuado com sucesso por grande parte dos alunos, a compreensão do seu significado continua “muito aquém do que seria desejável”.