Os socialistas da UGT elegem sexta-feira o candidato a secretário-geral da central tudo apontando para que o escolhido seja o atual presidente do Sindicato dos Bancários do Centro, Carlos Silva.
A eleição do candidato que deverá substituir João Proença a partir de março ou abril de 2013 é o ponto alto da ordem de trabalhos do VI Congresso da Tendência Sindical Socialista da UGT (TSS/UGT), que se realiza em Lisboa e será encerrado pelo secretário-geral do Partido Socialista, António José Seguro.
"Diria que o Carlos Silva já está eleito, pois conta com o apoio da maioria dos sindicatos da UGT", disse à Agência Lusa um dirigente de um dos sindicatos fortes da UGT.
O sindicalista prevê que o congresso seja pacífico, com um candidato único, embora admita a possibilidade de poder aparecer um candidato de última hora apoiado por algum grupo minoritário.
O nome do candidato a secretário-geral da UGT que for eleito sexta-feira pelos socialistas da central será levado na próxima semana ao Secretariado Nacional da UGT, que integra socialistas e social-democratas.
A escolha de Carlos Silva não será propriamente uma surpresa para os não socialistas da UGT pois a sua candidatura já foi debatida internamente.
Carlos Silva foi dirigente do Sindicato dos Bancários do sul e Ilhas entre 1997 e 2000 e depois integrou a direção do Sindicato do Centro.
O militante socialista ganhou a presidência do Sindicato dos Bancários do Centro em 2007 e agora decidiu avançar com a candidatura a secretário-geral da UGT.
"Carlos Silva pode tornar-se um bom secretário-geral, precisa é de estudar os 'dossiers' e ter uma boa equipa técnica a trabalhar consigo", disse a mesma fonte sindical à Lusa.
Os estatutos da UGT determinam que o seu secretário-geral seja eleito em lista uninominal no Congresso.
O secretário-geral da UGT é sempre escolhido pelos socialistas da central enquanto o seu presidente é escolhido pelos social-democratas.
O próximo congresso da UGT vai realizar-se em março ou abril do próximo ano e vai concretizar a anunciada saída de João Proença da liderança, por uma questão estatutária pois já ultrapassou o número de mandatos possíveis.
Proença assumiu interinamente o cargo de secretário-geral da UGT em finais de janeiro de 1995, para colmatar a saída de Torres couto, embora a sua eleição em congresso tenha ocorrido em abril de 1996.