“Líderes europeus deviam ouvir mais o que diz Durão Barroso” diz Diogo Feio


O eurodeputado Diogo Feio (CDS) considerou hoje, em Estrasburgo, que os líderes europeus deveriam ouvir mais o que diz José Manuel Durão Barroso sobre a situação europeia e tomar decisões “mais profundas”. “Seria importante que os líderes europeus ouvissem o que vai dizendo o presidente da Comissão (Europeia) e seguissem a sua vontade de tomar…


O eurodeputado Diogo Feio (CDS) considerou hoje, em Estrasburgo, que os líderes europeus deveriam ouvir mais o que diz José Manuel Durão Barroso sobre a situação europeia e tomar decisões “mais profundas”.

“Seria importante que os líderes europeus ouvissem o que vai dizendo o presidente da Comissão (Europeia) e seguissem a sua vontade de tomar decisões mais profundas”, em relação à situação de crise que a União Europeia atravessa, disse Diogo Feio à Lusa

O eurodeputado ressalvou ainda que as reservas levantadas pela Finlândia e Holanda ao acordo sobre a compra de dívida soberana no mercado secundário através do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) mostram que as cimeiras europeias têm que decidir em relação ao “curto, médio e longo prazo”.

A Finlândia formalizou hoje o bloqueio à compra de dívida soberana no mercado secundário através do fundo de resgate, apesar de os dois países terem apoiado a decisão na Cimeira da zona euro e Conselho Europeu, que se realizaram na quinta e sexta-feira.

Os líderes dos 17 decidiram que a zona euro iria agir para reduzir os juros pagos por alguns estados-membros, particularmente Espanha e Itália. Estimulando a procura de obrigações no mercado secundário, os respetivos juros desceriam, tendo este acordo sido ratificado depois pelos 27 Estados-membros da UE.

Essas intervenções seriam conduzidas pelo Banco Central Europeu, através dos dois fundos de resgate – o MEE (que entra em funcionamento este mês) e o temporário Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF).

No entanto, o recurso ao MEE para comprar obrigações de dívida soberana e assim estabilizar os juros de países em dificuldades requer unanimidade entre os 17 membros da zona euro.