RTP não renova mandato do provedor do ouvinte da RDP


O provedor do ouvinte da RDP, Mário Figueiredo, disse hoje à Lusa que tomou conhecimento de que não iria ser reconduzido no cargo pela administração da RTP por carta registada e lamentou a forma como o anúncio foi feito. Mário Figueiredo, que estava no final do mandato de dois anos, disse que esta decisão já…


O provedor do ouvinte da RDP, Mário Figueiredo, disse hoje à Lusa que tomou conhecimento de que não iria ser reconduzido no cargo pela administração da RTP por carta registada e lamentou a forma como o anúncio foi feito.

Mário Figueiredo, que estava no final do mandato de dois anos, disse que esta decisão já era esperada, mas criticou "o método", uma vez que foi informado por carta registada de que a RTP iria iniciar o processo da sua substituição.

"Ao longo destes dois anos não tive contacto com a administração", sublinhou Mário Figueiredo, que acrescentou que neste período "não foi convidado pelo presidente da RTP para qualquer reunião formal ou informal" e que apenas falou uma vez por telefone.

"O provedor não é cómodo para o conselho de administração", salientou.

Questionado se a posição que assumiu durante o processo do fim da rubrica "Este Tempo", na Antena 1, em que participava o cronista Pedro Rosa Mendes, Mário Figueiredo afirmou: "Claro que sim".

Durante a sua audição na comissão parlamentar para a Ética, Cidadania e Comunicação sobre aquele processo, em fevereiro, Mário Figueiredo classificou o fim do programa como um ato "ilícito, prepotente e arrogante".

O responsável deu também o exemplo do caso do fim das emissões em onda curta, também numa audição parlamentar, onde "desmantelou as declarações do presidente da RTP e do ministro Relvas [que tem a tutela da comunicação social]".