Para os comunistas os resultados da coligação PSD/CDS, “independentemente da condição de força política mais votada (…) não legitima quer a sua política passada, quer as manobras para lhe dar sustentação instuitucional”.
Jerónimo de Sousa afirma que “neste novo quadro político, o PS só não forma governo porque não quer”. O líder do PCP reforça a ideia de que “nada impediria” o Partido Socialista “ de se apresentar disponível para formar governo, se a sua vontade fosse de ruptura com apolítica de direita”.
Os comunista anunciaram já um conjunto de iniciativas parlamentares, designadamente propostas para “valorização de salários”; aumento do “Salário Mínimo Nacional para 600 euros no início de 2016”; alterações à legislação laboral e “um plano de combate à precariedade” com reposição de salários e pensões, bem como a reposição dos feriados; aumento da tributação “dos grupos económicos e financeiros” e alívio da carga fiscal dos trabalhadores, e das micro, pequenas e médias empresas; financiamento da Segurança Social que garanta apoios sociais; “contratação de médicos e enfermeiros de família para o Serviço Nacional de Saúde”; eliminação de taxas moderadoras, reversão dos processos de concessão subconcessão e privatização dos transportes; revogação das alterações à Lei da Interrupção Voluntária da Gravidez e renegociação da dívida, “controlo público da banca e o estudo para preparação de Portugal para a libertação da submissão ao Euro”.