Antiga PT pede indemnização Granadeiro, Pacheco de Melo a Amílcar Pires

Antiga PT pede indemnização Granadeiro, Pacheco de Melo a Amílcar Pires


Pharol avançou com acção judicial contra os ex-administradores.


A Pharol (antiga PT SGPS) anunciou esta sexta-feira que deu entrada no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa a primeira acção de responsabilidade contra os ex-administradores Henrique Granadeiro, Pacheco de Melo e Amílcar Pires devido aos investimentos na Rioforte.

A entrada da acção resulta da deliberação aprovada em assembleia-geral de accionistas da Pharol a 31 de Julho.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Pharol, liderada por Palha da Silva, adianta que "nesta acção é peticionada indemnização correspondente à diferença entre o valor de 897 milhões de euros e aquele que a Pharol vier a receber no âmbito do processo de insolvência da Rioforte, bem como os demais danos que se vierem a apurar, tudo a liquidar ulteriormente e acrescido dos juros de mora vincendos, contabilizados desde a data da citação até efectivo integral pagamento".

Em causa está o investimento em papel comercial da Rioforte, do Grupo Espírito Santo (GES), que entre várias consequências, levou à saída de Henrique Granadeiro e Luís Pacheco de Melo da PT.

Outro dos visados, Amílcar Morais Pires, administrador financeiro do Banco Espírito Santo (BES), era administrador na PT em nome do banco, que era um dos accionistas de referência da operadora de telecomunicações.

A Pharol admite ainda vir a responsabilizar outros administradores.

"Não fica prejudicado o direito de a Pharol vir a responsabilizar outros administradores eleitos para o triénio 2012/2014 ou terceiros – nomeadamente a Deloitte & Associados, SROC, S.A., como já oportunamente anunciado – que, de alguma forma, tenham tido responsabilidade por danos causados à Pharol em consequência e/ou relacionados com investimentos na Rioforte ou instrumentos de dívida emitidos por entidades integrantes do Grupo Espírito Santo", conclui a empresa, que é accionista de referência da operadora brasileira Oi.

A entrada da acção judicial acontece exactamente dois anos depois da PT ter anunciado um projecto de fusão com a Oi, processo que, posteriormente, passou a ser de "combinação de negócios", após a alteração dos acordos entre as duas empresas na sequência do investimento em papel comercial da Rioforte.

Lusa