A prestação da porta-voz do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, nos debates televisivos, tem merecido elogios generalizados e tem surpreendido até o próprio partido. Ao ponto de um bloquista resumir assim ao i os efeitos internos destas semanas de pré-campanha: “Ganhámos uma líder.” O que não é pouco: a ascensão política meteórica de Mariana Mortágua – que vai a votos nas legislativas como cabeça-de-lista por Lisboa – já a colocou nos radares para uma futura liderança do partido. Mas Catarina Martins parece estar a firmar a posição de porta-voz dos bloquistas, depois da liderança partilhada com João Semedo.
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A líder do BE já teve pela frente Jerónimo de Sousa, Paulo Portas e António Costa e, em qualquer dos casos, a apreciação positiva foi geral. Os debates têm sido preparados ao milímetro, tema a tema. Até porque, diz ao i fonte bloquista, Catarina Martins – que é actriz de formação – ganha bastante no desempenho quando está à vontade nos temas. Um ponto em particular que vinha sendo identificado como um handicap da porta-voz dos bloquistas e que tem sido trabalhado para estes debates é o de uma certa agressividade da candidata, que tem surgido nos duelos televisivos num tom menos crispado e mais sereno do que usa habitualmente, por exemplo nos debates parlamentares. E até no BE se fala numa “revelação”.
