De acordo com este relatório referente ao primeiro semestre do ano, que é também o primeiro em que a ERS analisa as reclamações recebidas contra prestadores do setor público, nesse período entraram 19.820 processos, dos quais 17.823 (89,9%) eram queixas.
Chegaram ainda à ERS 2.027 elogios e louvores.
A maioria das reclamações (50,9%) foi proveniente de utentes da região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT), a qual também recebeu o maior número de elogios (55,7%).
Os serviços públicos de saúde foram objecto de mais queixas (66,3%), com os prestadores com internamento a serem os mais visados: 78,1% das reclamações do sector público e 74,1% das do sector privado.
“A temática mais recorrentemente assinalada nas reclamações é a dos tempos de espera (com 20,6% das ocorrências, em 25,1% dos processos de reclamação) particularmente os tempos de espera para atendimento clínico não programado”, lê-se no relatório.
Os utentes queixaram-se também dos cuidados de saúde e segurança do doente (15,9% das ocorrências, em 19,3% das reclamações).
Em relação aos louvores, em 73,3% dos casos foram dirigidos a prestadores do sector público, nomeadamente à actividade clínica. Um terço dos louvores (33,9%) dirigiu-se ao pessoal clínico e 23,5% à organização dos serviços clínicos.
No primeiro semestre do ano a ERS arquivou 7.313 processos. “Em 76,2% das situações não houve necessidade de intervenção regulatória acrescida por parte da ERS, enquanto 3,3% dos processos foram objecto de intervenção supervisora adicional”, lê-se no documento.
Em 2,1% dos processos “a situação foi ultrapassada por acção dos próprios prestadores, e 2% foram objecto de transferência para outras entidades (maioritariamente para ordens profissionais). Os restantes 16% foram liminarmente arquivados”.
Lusa