Alunos voltaram a querer estudar engenharia

Alunos voltaram a querer estudar engenharia


Nos anos anteriores tinha vindo a acentuar-se uma quebra na procura dos cursos de engenharia.


Os cursos de engenharia recuperaram este ano candidatos e colocados na 1.ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior, contrariando uma tendência de quebra na procura registada em anos anteriores.

De acordo com os dados divulgados à meia-noite pela Direção-Geral do Ensino Superior (DGES), das 9.037 vagas levadas a concurso para as áreas de engenharia na 1.ª fase houve 7.855 candidatos a concorrer a esses lugares em 1.ª opção, 6.700 alunos colocados e 2.342 vagas sobrantes.

A taxa de ocupação de vagas este ano ronda os 75%, melhorando significativamente face aos anos anteriores, nos quais se tinha vindo a acentuar uma quebra da procura por cursos nesta área.

Em 2014 os cursos de engenharia abriram 9.022 vagas, o mesmo número de lugares disponibilizados em 2013, mas houve menos 401 estudantes a optar por um curso desta área como 1.ª opção, face aos 5.904 que o fizeram em 2013.

O número de colocados também baixou dos 5.596 em 2013 para os 5.302 em 2014, o que se traduziu numa redução da taxa de ocupação dos 62% para os 59%, tendo sobrado 3.724 vagas das mais de nove mil em concurso.

O exame nacional de Matemática, determinante para a entrada em cursos científicos e de engenharia, registou este ano um aumento da média nacional para os 12 valores, um resultado que indiciava a possibilidade de um crescimento das colocações nestas áreas de estudo.

Ainda assim, entre os 48 cursos que não registaram qualquer colocação na 1.ª fase, a grande maioria são de engenharia.

A área de arquitetura e construção ficou com quase metade das vagas por preencher nesta fase: das 2.073 levadas a concurso ficaram por preencher 908.

Apenas 864 alunos manifestaram preferência por esta área, indicando-a como 1.ª opção, mas foram 1.169 os que ficaram colocados.

Entre as áreas que deixaram menos vagas por ocupar nesta fase das colocações estão serviços de transporte (0 vagas por preencher), informação e jornalismo (16 vagas por preencher) e matemática e estatística (30 vagas por preencher).

Agricultura, silvicultura e pescas foi a área que menos interesse despertou nos candidatos, com 542 vagas sobrantes das 840 levadas a concurso.

Formação de professores registou um aumento do número de colocados face a 2014, crescendo dos 857 para os 946 colocados, em 1.194 vagas disponíveis.

Ciências sociais e do comportamento, informação e jornalismo, ciências empresariais, direito, ciências veterinárias, saúde e serviços de transporte registaram uma procura superior à oferta.

Dos mais de 48 mil candidatos a uma vaga nas universidades e politécnicos públicos cerca de 42 mil conseguiram um lugar, mas apenas metade conseguiu entrar no curso a que concorreu em 1.ª opção.

Das 50.555 vagas levadas a concurso na 1.ª fase sobraram 8.714, que ficam agora disponíveis para a 2.ª fase, com arranque marcado para segunda-feira.

Lusa