A Junta de Freguesia de Santa Maria Maior decidiu juntar-se aos subscritores da petição para o controlo da circulação dos tuk-tuk em Alfama.
Num comunicado divulgado esta terça-feira no Facebook, a junta diz que concorda com a petição a exigir a “limitação imediata da circulação” deste tipo de veículo no interior do bairro, e informa que o regulamento que já há um ano vem solicitando junto da Câmara de Lisboa, está “em fase de aprovação, após vários meses de trabalho conjunto entre a câmara e as juntas de freguesia”.
Ao i, o presidente da junta, Miguel Coelho (PS), disse crer que será encontrada uma solução muito em breve, não só para Alfama como para os outros bairros históricos da freguesia – Mouraria, Castelo e toda a zona circundante e várias zonas do Chiado – onde, segundo o autarca, é “desadequada” a circulação dos tuk-tuk. “Estou convencido de que é um problema que não pode ultrapassar o mês de Setembro.”
Enquanto a regulamentação camarária não chega, a junta de freguesia tem espalhado pelos locais que considera mais problemáticos cartazes em que é pedido aos condutores de tuk-tuk que se abstenham de entrar nessas mesmas zonas devido à circulação fortemente condicionada. “A junta já colocou cartazes por todo o lado, mas funcionam apenas como avisos, não temos poder para regulamentar”, sublinhou o autarca.
Miguel Coelho responsabiliza o actual governo com a sua “política de licenciamento zero”, pelo ponto a que conduziu a total desregulamentação do sector, “incentivada por este secretário de Estado do Turismo”. Na petição, que ao início da tarde contava com pouco mais de 600 assinaturas, os moradores de Alfama queixam-se que, por causa dos tuk-tuk, os peões já não conseguem passear pelas ruas do bairro histórico e os automóveis também não conseguem circular normalmente.
“Das 9h da manhã até às 22h, todos os dias, engarrafamentos, barulho, estacionamento fora de controlo dos tuk-tuk são o habitual”, queixam-se os moradores e comerciantes que, indignados com o facto de a câmara ainda não ter avançado com uma solução, afirmam que “Alfama não é um zoo.”