As mais importantes características para um jogo ser viciante: ser difícil mas dar a ilusão de que vamos sair sempre vencedores; ser praticamente (ou mesmo) interminável, mas enganar-nos ao ponto de acharmos que “a seguir é que dou a volta a isto”; e ser minimamente apelativo, de maneira a lembrarmo-nos dele nos momentos em que não podemos jogar. Resumindo: os jogos que a seguir listamos são todos filhos do Tetris, uns mais bastardos que outros. O puzzle russo ditou as regras, mudá-las seria um erro.
Angry Birds O dois e os outros todos. Até porque isto de ser o “número 2” é relativo. Desde que o primeiro foi lançado, em 2009, já houve variantes com personagens da Guerra das Estrelas, dos Transformers ou com diferentes modos de desafio. Este segundo capítulo aparece para fazer desta sequela uma coisa séria (mais ou menos). O esquema é o mesmo de sempre, para não deixar ninguém desiludido (apesar de algumas críticas que têm sido pouco agradáveis): pássaros tramados que querem acabar com os porcos que os oprimem. E as aves são capazes dos piores e mais violentos ataques. A nós cabe-nos a missão de as lançar com umas fisgas que impressionam – depois, cada um dos exemplares com asas guarda habilidades especiais.
Candy Crush Tal como o anterior Angry Birds, este também já deu origem a uma série de produtos distintos. Um dos mais populares é o “Candy Crush Saga”, mas as mudanças são sempre subtis. A máquina dá-nos um ecrã cheio de doces (gomas, rebuçados, esse tipo de coisas adultas); a nossa tarefa é arrumá-los (juntando pelo menos três iguais) e ir revelando o que atrás deles se esconde. Depois há mais missões complexas, mas isto é o básico. E chega para passarmos do “que coisa infantil” para o “já viste em que nível vou”.
Bejeweled Vai dar no mesmo que o anterior, mas em vez de ter docinhos tem pedras preciosas: diamantes, rubis, esse tipo de materiais. A única questão a levantar é se é Bejeweled ou CandyCrush o mais jogado por esse mundo fora – o curioso é que é precisamente essa pergunta que leva muita gente a experimentar, e bem sabemos que basta isso para a desgraça.
Dots O nome é simples, o jogo ainda mais, não há que enganar. Ele há pontos espalhados pelo telefone (ou tablet, claro que sim), têm todos várias cores mas há uns quantos de cores iguais. Isso mesmo, juntar os pontos com as mesmas cores, mas como é que alguém se foi lembrar disto. Um clássico é um clássico e este já vem do tempo das folhas de papel, o que torna tudo ainda mais exótico.
World of Goo Goo é o material que compõe as bolinhas pretas perdidas neste mundo viscoso. O nosso trabalho é juntar essas mesmas bolas construindo estruturas que não podem desafiar as leis da física (qualquer universo tem a sua ordem). Ao levarmos estes seres redondos até aos canos que servem de meta (ao estilo do velhinho Lemmings, por aí), é preciso evitar obstáculos violentos. Dos tempos em que ainda jogávamos no PC.
Jetpack Joyride Uma espécie de Rocketeer e igualmente descontrolado. Um daqueles jogos em que só é preciso um dedo, é carregar para o pequeno herói da máquina voadora ir subindo (ou descendo), conforme as dificuldades que for encontrando. Ao estilo Flappy Bird, mas com mais pixéis.
Cut The Rope Era uma vez o monstro Om Nom, que na verdade tem pouco de monstro porque não faz mal a ninguém. Aliás, acrescentemos que o rapaz só quer doces, mas os ditos estão presos em cordas e é preciso cortá-las para que as iguarias acabem na boca de Om Nom. Ora bem, a nós cabe-nos resolver esses dilemas. E ficar feliz com isso.
Todos estes jogos estão disponíveis para iOS e Android