O casamento de Jorge Mendes, uma rua cortada e os desacatos dos moradores

O casamento de Jorge Mendes, uma rua cortada e os desacatos dos moradores


“Provincianos”, “parolos” e “palhaços” foram alguns dos nomes que os convidados tiveram de ouvir.


Foi anunciado como o casamento do ano. Jornais, revistas ou revistas com rosa como cor assim o anunciaram. O super-agente Jorge Mendes ia ao Porto casar-se, no domingo, com a jurista Sandra Barbosa.

Aconteceu na Rua de Serralves e, segundo o jornal Sol, foi um autêntico pandemónio. E por quê o “estado de sítio”?

Tudo porque a PSP decidiu proibir a circulação não só de viaturas, como de peões, uma medida que "gerou vários protestos, num acontecimento com a presença, entre outras figuras públicas, de Cristiano Ronaldo".

A polícia esteve a revistar ao longo de todo o dia os peões e a obrigar todas as pessoas a fazerem prova da residência naquela rua, tendo sido cortado os passeios da Avenida Marechal Gomes da Costa junto à entrada da Casa de Serralves. Segundo o mesmo jornal, quem não era morador era obrigado a andar mais centenas de metros para chegar ao destino. A medida de interdição continuou inclusivamente até esta segunda-feira.

A decisão foi da Câmara Municipal do Porto e foi executada pela PSP e na rua só passaram "os carros de topo de gama e vidros espelhados pertencentes à organização do casamento".

Os protestos nas imediações da Igreja de São João Baptista, na Foz do Douro, fizeram-se ouvir. E os convidados foram insultados, chamados de “provincianos”, de “parolos” e de “palhaços” por um grupo de pessoas que pretendia passar para assistir à missa do fim da tarde