“Estamos plenamente preparados, portanto, para cumprir todos os nossos compromissos e todas as nossas obrigações em matéria de dívida, não apenas até ao final deste ano, mas também porque já começámos a tratar disso, de financiar de forma adequada o próximo ano, o que é uma boa notícia para Portugal, eu julgo”, afirmou o primeiro-ministro aos jornalistas.
Questionado sobre a emissão de dívida realizada esta quarta-feira a cinco e a 22 anos, o primeiro-ministro considerou ser “um dia importante para Portugal”, porque fez “uma emissão de médio-longo e de muito longo prazo e isso só é possível de fazer quando existe uma confiança muito grande por parte do mercado naquele que é o país emissor dessa dívida”.
“Só o facto de o IGCP [Agência de Gestão do Crédito e da Dívida Pública], que é a nossa instituição que faz a gestão da dívida pública, ter detectado no mercado confiança e apetite para este tipo de operações é extremamente positivo para o nosso país”, disse o chefe de Governo, acrescentando que apesar de não ter pormenores acerca das emissões de dívida, sabe que “foram bem-sucedidas”.
“Nós conseguimos, quer no primeiro semestre, nos primeiros seis meses do ano, quer agora com esta nova emissão, colocar Portugal como um emissor de confiança credível para os agentes financeiros, para o mercado de dívida, o que é extremamente importante”, continuou, Passos Coelho, acrescentando que Portugal continua a “reforçar a capacidade para poder responder a qualquer imprevisto que possa acontecer”.
Portugal colocou esta quarta-feira 900 milhões de euros em Obrigações do Tesouro (OT) a cinco anos a uma taxa de juro média de 1,4232%, inferior à de 1,5529% do anterior leilão comparável, foi anunciado.
Segundo dados da Agência de Gestão do Crédito e da Dívida Pública (IGCP), publicados na página da entidade na agência Bloomberg, também foram colocados 600 milhões de euros em OT a 22 anos, na primeira emissão desta maturidade depois da presença da 'troika' no país, a uma taxa de juro média de 3,5341%.
Lusa