Têm ainda interesse nesta região, mais a sul, as cidades de Batalha, Alcobaça, Nazaré, Óbidos e Tomar.
Descubra as vilas do litoral, onde a pesca continua a ser uma actividade importante, ou faça um itinerário pelas aldeias históricas, pelas aldeias de xisto ou pelos castelos de fronteira, onde ainda se preservam costumes, tradições e a boa gastronomia portuguesa.
O Parque Natural da Serra da Estrela, a montanha mais alta de Portugal continental, ou o Geoparque Naturtejo, classificado pela UNESCO, são igualmente bons motivos de passeio e a opção certa para umas férias mais activas.
4. Dias de esplendor
Um itinerário de três dias no Centro de Portugal.
Créditos: José Manuel Créditos: Mario Cerdeira
Dia 1
– Visita a Aveiro com passagem por Ílhavo, para visitar o Museu da Vista Alegre.
– Ainda em Aveiro, não deixar de visitar o Convento de Jesus
– Almoço em Aveiro
– Se tiver tempo passe, por Arouca para ver o Mosteiro e o Museu de Arte Sacra.
Aproveite e faça um lanche desfrutando da doçaria conventual, cujos segredos de confecção ainda permanecem desde o tempo em que as freiras habitavam o convento. Opte pelo manjar de língua, as barrigas de freira, as roscas e charutos de amêndoa, as morcelas doces ou a bola de S. Bernardo.
– Visita a Viseu para passear pela cidade e visitar a Sé, o Museu Grão Vasco, as igrejas do Carmo e dos terceiros de São Francisco.
– Passagem por Penalva do Castelo para visitar a Casa da Ínsua, edifício solarengo de estilo barroco, que tem como imagem de marca a sua imponente fachada e os seus magníficos jardins e agora convertida num hotel de charme 5 estrelas, onde ainda possível encontrar vestígios da estada de Luís Albuquerque no Brasil através de vários objectos, na sua maioria utensílios de caça e pesca artesanais dos índios brasileiros e armas indígenas primitivas, bem como alguns dispositivos de guerra do exército castelhano. Sugerimos que pernoite por aqui e jante na região.
Descubra iguarias de fazer crescer água na boca como a vitela de lafões, o polvo assado em vinho tinto do Dão ou as trutas abafadas e ainda o cabrito assado à Pastor da Serra. Com base em receitas antigas, da doçaria local, destacam-se as típicas castanhas de ovos de Viseu, o toucinho-do-céu, a pêra bêbeda, as farófias, o bolo de noz e a tarte de amêndoa.
Dia 2
Créditos: João Paulo
Ao pequeno-almoço, não deixe de usufruir dos famosos queijos da região, em particular o da Serra da Estrela e o requeijão a acompanhar uma broa de milho. As compotas locais também merecem destaque.
– Visita a Coimbra para apreciar o Museu Nacional Machado de Castro, a Universidade, o Mosteiro de Santa Cruz e a Sé Velha.
– Passagem por Conimbriga, uma das maiores povoações romanas de que há vestígios em Portugal. Classificada monumento nacional, é a estação arqueológica romana mais bem estudada no país e foi, à época da Invasão romana da Península Ibérica, a principal cidade do Conventus Scallabitanus, província romana da Lusitânia.
– Almoço na Bairrada
Vale a pena a deslocação para provar o famoso leitão assado à moda da Bairrada e a tibornada de polvo. Quanto aos doces tradicionais, prove os pastéis de Tentúgal, os pastéis de Santa Clara, as queijadas de Pereira, o manjar branco, as arrufadas de Coimbra, as barrigas de freira ou o arroz doce.
Créditos: Antonio Sacchetti
– Visita à Batalha e ao Mosteiro de Santa Maria da Vitória, também designado Mosteiro da Batalha, indiscutivelmente, uma das mais belas obras da arquitetura portuguesa e europeia.
Prossiga para Alcobaça. Jante e pernoite.
Em Alcobaça, recomenda-se o frango na púcara (inicialmente com perdizes e pombos), o cherne à Frei João, as febras de porco à Abade de Cister e os afamados enchidos de toda a região: os negritos, as farinheiras, os chouriços e as morcelas de arroz. À sobremesa, as delícias de Frei João, o pudim de ovos dos Frades do Convento de Alcobaça, os biscoitos e as broinhas de Alcobaça e, nos arredores, as queijadas do Bárrio e as tortas, queijadas e pasteis de Aljubarrota.
São típicas, ainda, as grades de Alcobaça, os escaldadinhos, as barrigas de freira. Bem perto, vindo da vila de Alfeizerão, podemos ainda encontrar o pão-de-ló de Alfeizerão.
Dia 3
– Visita a Alcobaça. O belo Mosteiro de Alcobaça (séc. XII), jóia do Património Mundial (UNESCO), o Convento de Santa Maria de Cós e os seus centros históricos, convidam a uma visita mais demorada.
– Se tiver oportunidade, visite a Nazaré, suba num centenário elevador e usufrua de uma inesquecível viagem panorâmica.
– Almoço em Óbidos
A proximidade do mar faz do peixe e do marisco especialidades da região, confeccionando pratos bastante apreciados como a caldeirada de peixe e as enguias fritas. Mas a riqueza verdejante dos campos e a tradicional criação de gado, traduzem-se nos famosos ensopado de cabrito e carne na brasa. À sobremesa, também se encontram produtos da região, nomeadamente a fruta, como a pêra-rocha do Oeste, e a maçã de Alcobaça que detêm denominação de origem protegida. Por fim, não poderia faltar a doçaria, tradicionalmente conventual, composta por iguarias tais como as lampreias das Gaeiras e as trouxas-de-ovos. É obrigatório, nesta região, a prova dos seus licores, em particular a ginginha ou a aguardente da Lourinhã.
Créditos: Mario Cerdeira
– Visitar Óbidos e percorrer as muralhas do seu magnifico Castelo que proporciona um cenário único sobre a região Oeste
– Visitar na região Caldas da Rainha, característica pelo seu artesanato e onde encontra o Museu Bordalo Pinheiro ou São Martinho do Porto, a famosa estância balnear da região.
{relacionados}Artigo escrito ao abrigo da parceria entre a Aptece com o Jornal i.