Mazda. Às portas do clube premium, ainda lhe falta um degrau para lá chegar…

Mazda. Às portas do clube premium, ainda lhe falta um degrau para lá chegar…


O Mazda 6 SW está mais adulto, bonito e bem equipado. Testámos a versão de 170 cv topo de equipamento.  


Ninguém pode acusar os responsáveis da Mazda de terem facilitado o que quer que seja no planeamento ou na construção do novo Mazda 6, tendo em vista a sua colocação num patamar que o aproxima muito dos modelos correspondentes das marcas com estatuto premium. O Mazda 6 ainda não está lá, mas não anda longe.

Testámos a versão de carroçaria carrinha equipada com o motor 2.2 diesel de 175 cv, com tracção integral e caixa automática de 6 velocidades, no nível de equipamento Excellence, com os pack Leather Cruise e TAE Navi, isto é, com praticamente tudo o que há para montar num automóvel. É evidente que com tudo isto o preço tem de subir, e neste caso passa a fasquia dos 50 mil euros. Não excede muito, mas excede.

As alterações em relação à geração anterior não são muitas e incidem sobretudo numa frente mais robusta e também em jantes redesenhadas.

O conforto a bordo é muito grande e o espaço é verdadeiramente agradável para um automóvel do segmento médio (tem 4,8 m de comprimento). O habitáculo do Mazda 6 SW neste nível de equipamento chega mesmo a ser luxuoso.

A suspensão foi reestruturada para suavizar a estrada, garantindo maior conforto e ainda maior estabilidade, bem como uma melhor resposta da direcção. Pela primeira vez, a actual geração do Mazda 6 também está disponível com tecnologia inteligente de tracção integral, dotada de um sistema único de aviso de perda de aderência na frente. Este sistema é sobretudo útil em países onde as estradas se cobrem de neve no Inverno e não faz muito sentido nas nossas estradas.
A motorização 2.2 diesel de 170 cv é novidade no nosso mercado, havendo até agora apenas o mesmo bloco 2.2, mas com 150 cv e apenas com caixa manual, enquanto o bloco mais potente (milagres da electrónica) permite caixa manual ou automática, em ambos os casos com 6 marchas.

Como não podia deixar de ser, a tecnologia de conectividade e infotainment está presente em força, graças ao ecrã táctil de sete polegadas, ergonomicamente posicionado no topo do painel central, e ao comando rotativo na consola central, também ela redesenhada. O sistema MZD Connect, o conceito in-car da Mazda, permite tirar partido da conectividade com o smartphone do utilizador, com base nos existentes sistemas Bluetooth, e-mail, SMS e navegação, em termos de reconhecimento vocal e funcionalidade mãos livres, transportando para dentro do carro uma gama de conteúdos móveis sem custos, incluindo a app de rádio Aha, que congrega mais de 100 mil emissoras, de estações de rádio e podcasts a audio books, entre outras.

No domínio da segurança activa, o Mazda 6 SW integra novos e mais abrangentes sistemas, inerentes às evoluções do leque de propostas do pacote i-Activesense, dando ao condutor maior flexibilidade no nível de apoio que pretende sentir e ter da viatura.

O leque de preços inicia-se nos 34 375€ da variante sedan de 150 cv e sobe até aos 49 504€ da versão que testámos, a que há ainda a acrescentar o tecto de abrir eléctrico, que custa 770€ e faz subir o preço da unidade ensaiada para os 50 131€.

Será que vale a pena pagar mais 4 mil euros pela caixa automática e tracção integral (que como referimos atrás nem faz muita falta no nosso clima)?

É aí que entra a parte racional e cabe a cada um começar a deitar contas à vida.