O primeiro-ministro voltou hoje a defender a criação de um Fundo Monetário Europeu, medida que acredita vir a aumentar a confiança nas instituições europeias. "Temos hoje uma experiência significativa a liderar crises financeiras", lembrou Passos Coelho, à margem da quinta edição da conferência anual do Instituto Universitário Europeu sobre “O Estado da União”, a decorrer em Florença.
"Quando países como a Grécia precisaram de ajuda financeira, recorreram naturalmente às instituições mais indicadas, como o FMI. Mas acredito que a Europa tem já essa capacidade", garante. Para Passos Coelho, um mecanismo próprio poderia vir a dispensar a intervenção do Banco Central Europeu nestas matérias. "Temos um certo conflito de interesses na medida em que temos a autoridade monetária a discutir planos de emergência que têm impacto na política monetária. Era importante que o fundo europeu fosse a contraparte do BCE", refere.
O primeiro-ministro acredita que a criação de um Fundo Monetário Europeu "põe um ponto final na troika que conhecemos" e "dá mais poder à Europa na resolução dos seus problemas".