O cante alentejano marcou esta sábado o inicio da cerimónia solene de comemoração do 25 de Abril na Assembleia da República, com o tema "Grândola, vila morena" a ser entoado das galerias por um grupo coral de Serpa.
O Grupo Coral e Etnográfico da Casa do Povo de Serpa cantou o tema emblemático da revolução dos cravos após a entoação do Hino Nacional na sala de sessões decorada com cravos vermelhos.
A flor que simboliza o 25 de Abril está a ser usada na lapela por vários membros do Governo, a começar pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, que, na bancada reservada ao executivo, está sentado em frente ao líder do maior partido da oposição, o secretário-geral do PS António Costa, também de cravo vermelho ao peito.
Entre os membros do Governo que envergam cravo vermelho encontram-se a ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, o ministro da Saúde, Miguel Macedo, o ministro da Educação, Nuno Crato, a ministra da Administração Interna, Anabela Rodrigues, o ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, e o secretário de Estado da Cultura, Barreto Xavier.
Como habitualmente, também a presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, tem um cravo vermelho na lapela.
O Presidente da República, Cavaco Silva, bem como o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, não usam a flor da revolução na lapela.
Nas bancadas à esquerda do hemiciclo, entre os deputados, em que se encontram o líder do PCP, Jerónimo de Sousa, e a porta-voz do BE, Catarina Martins, os cravos vermelhos generalizam-se, tendo algumas deputadas escolhido para vestir a cor rubra, nalguns casos integralmente.
O presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, participa pela primeira vez na cerimónia nessa condição, tendo sucedido recentemente a António Costa na liderança da autarquia da capital, e enverga um cravo vermelho.
O antigo presidente da República Mário Soares está ausente, como tem acontecido nos últimos quatro anos, bem como a Associação 25 de Abril, marcando presença os antigos chefes de Estado Jorge Sampaio e Ramalho Eanes, sentados junto ao cardeal patriarca de Lisboa, Manuel Clemente.