Crítica a “Sound & Color”. Os bons americanos

Crítica a “Sound & Color”. Os bons americanos


Quem dera aos Kings of Leon e eteceteras


O novo álbum dos Alabama Shakes, o segundo, é uma espécie de começar de novo. Ainda a mania (no que a palavra tem de bom) de prestar vassalagem ao rock’n’roll com sotaque do sul dos EUA, mas totalmente diferente do primeiro “Boys & Girls” de 2012.

A missão desta gente já não é ser da soul com mais electricidade, já não é ser retro só porque retro é do mais cool que há. Alabama Shakes, gente que ouviu tanta música que quando chega a hora de escrever canções tudo parece fácil.

“Sound & Color” não é minimamente esforçado, foi feito por quem percebeu de onde vem o funk e o R&B; não é uma imitação, não é um decalque, é mais um “não sabemos fazer outra coisa se não isto”. BrittanyHoward, voz e guitarra desta maralha, já comandava tudo. Agora parece que a ouvimos suar, parece que a vemos a ajoelhar-se perante a música que a arrebata. Quem dera aos Kings of Leon e eteceteras.