Zenit. Uns estão “vivos”, outros querem “fazer história”

Zenit. Uns estão “vivos”, outros querem “fazer história”


Villas-Boas tenta levar russos à meia-final. Beto e Carriço farão o mesmo pelo Sevilha


“Estamos vivos e queremos marcar a nossa presença nas meias-finais.” André Villas-Boas dá o mote, curto e conciso. Apesar da derrota por 2-1 em Sevilha, o treinador português do Zenit tem confiança que resolverá a eliminatória a seu favor em Sampetersburgo. Principalmente porque a equipa já pode contar com quatro jogadores “determinantes” que falharam a primeira mão na Andaluzia: Smolnikov, Criscito, Danny e Hulk. 

Lançado para o título no campeonato russo, oZenit concentra todas as energias na Liga Europa. Um golo pode bastar para passar às meias-finais de uma prova que Villas-Boas já conquistou (pelo FCPorto, em 2011). E nos jogos em casa este ano o Zenit marcou sempre:3-0 ao PSV e 2-0 ao Torino. “Temos de jogar um futebol atacante, mas também ter consciência de que o ataque do Sevilha é muito, muito bom, e não podemos descompensar a equipa.”

O Zenit é a única equipa que resta das que entraram na competição via Champions. A formação de Villas-Boas até podia ter deixado Espanha numa posição melhor, já que os andaluzes só conseguiram o primeiro remate à baliza aos 73 minutos de jogo. Mesmo assim, Javi García considera que “foi um resultado positivo pois as circunstâncias obrigaram a jogar de uma maneira especial”. Com muitos indisponíveis, o Zenit apresentou um esquema pouco habitual de três centrais. Oregresso de Hulk e Danny no ataque pode criar muitos incómodos ao adversário, mas desta vez Villas-Boas não pode contar com Garay e Ryazantsev (castigados).

Se o Zenit marcou sempre em casa, em 2015 oSevilha fez o mesmo nos encontros como visitante (vitórias por 3-1 em Villarreal e 3-2 em Mönchengladbach). Unai Emery sabe que um golo em Sampetersburgo complicará as contas dos russos. Mas como se apresentarão os andaluzes, que ambicionam ultrapassar o Valencia no 4.o lugar na liga espanhola? “Queremos competir em todas as provas, mas para nós a Liga Europa é muito especial. Os adeptos emocionam-se muito com esta competição e este jogo é único para continuar a fazer história.” OSevilha é o actual detentor do troféu (após bater o Benfica na final nos penáltis) e sonha repetir o bis conseguido em 2005/06 e 2006/07.

Se entrar no relvado do Estádio Petrovsky, oportuguês Daniel Carriço pode tornar–se recordista de jogos na competição – já igualou Cardozo com 44 (o benfiquista Salvio tem 40). O médio defensivo partiu para a Rússia e fará um teste mais perto da hora do jogo para Unai Emery saber se pode contar com o jogador que já falhou a primeira mão. Oguarda-redes Beto, herói na final da época passada em Turim, não tem sido titular na Liga Europa;porém, com a prova a entrar na fase decisiva, é previsível que Unai Emery opte pelo internacional português. O técnico não abriu o jogo na antevisão:“Esteja quem estiver na baliza, sei que ficará bem guardada.”

O Nápoles está praticamente nas meias–finais, depois de ter goleado fora o Wolfsburgo (equipa que eliminou o Sporting) por 4-1. ODínamo Kiev de Miguel Veloso precisa de marcar em Florença para ter ambição de passar a eliminatória (empate a um emKiev). OClub Brugge empatou em casa 0-0 com o Dnipro e terá uma difícil deslocação à Ucrânia. A equipa do Leste europeu tem feito uma caminhada exemplar, eliminando Ajax e Olympiacos.

Às 20h05, Zenit-Sevilha (SIC), Nápoles-Wolfsburgo (Sport TV1), Fiorentina-D. Kiev (Sport TV2) e Dnipro-Brugge (Sport TV5)