Google está “completamente aberta” a falar com editores de conteúdos


A Google está “completamente aberta” a falar com os editores de conteúdos a nível mundial, nomeadamente os portugueses, disse fonte oficial do motor de busca, quando questionada sobre o eventual pagamento de parte da sua publicidade angariada através dos conteúdos. “A Google está completamente aberta a falar com todos os editores a nível mundial, mas…


A Google está “completamente aberta” a falar com os editores de conteúdos a nível mundial, nomeadamente os portugueses, disse fonte oficial do motor de busca, quando questionada sobre o eventual pagamento de parte da sua publicidade angariada através dos conteúdos.

“A Google está completamente aberta a falar com todos os editores a nível mundial, mas preferimos falar a fazer barulho”, disse a mesma fonte, durante o lançamento do Youtube Portugal.

A responsável da Google escusou-se a prestar mais esclarecimentos e sobre a eventual existência de contactos entre o grupo e editores portugueses, disse apenas que “não há mais comentários a fazer”.

A este propósito, o líder da Impresa, Pinto Balsemão, chegou a instar o Governo no final do ano passado a pronunciar-se sobre a eventual criação de uma lei que obrigue a Google a pagar parte da publicidade que angaria pela utilização de conteúdos.

“Os grandes agregadores de conteúdos, eles próprios não produzem conteúdos, não podem continuar a usar e abusar dos nossos conteúdos, a tirar-nos a publicidade e a não serem obrigados a recompensar-nos”, frisou.

Balsemão salientou que “os grupos de media não precisam de esmolas, precisam de atuação justa dentro do mundo digital” e aludiu “à iniciativa alemã” nesse sentido, sugerindo que o “Governo português atuasse de modo semelhante”.

Já este ano em declarações a jornalistas, Pinto Balsemão defendeu que “os motores de busca recebem mais de 90% das receitas da publicidade online, e parte substancial destes vêm direta ou indiretamente do acesso gratuito a notícias feitas por profissionais e conteúdo de entretenimento produzido pelos media”.

Em fevereiro, a Google estabeleceu um acordo de 60 milhões de euros com os editores franceses para promover a sua presença online, depois de ter celebrado um outro semelhante com a Bélgica no final do ano passado.

*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico aplicado pela agência Lusa