O jornal Financial Times (FT) vai reduzir para uma as suas edições em papel e aumentar a oferta digital, disse hoje o seu editor, Lionel Barber.
A reorganização do processo editorial e de produção vai levar à disponibilização de uma única edição impressa diária global, composta por conteúdo digital, especificou Barber num documento interno em que pormenoriza a estratégia do jornal “digital primeiro”.
“O processo de publicação do jornal ao estilo dos anos (19)70 – fazer mudanças incrementais a várias edições ao longo da noite – morreu. No futuro, o nosso produto impresso vai derivar da oferta da internet – não o contrário. O novo FT vai ser produzido por uma pequena redação, focada na edição impressa, a par de uma maior equipa que vai integrar a produção do dia e da internet”, explicou.
O jornal produz cinco edições impressas, nos EUA, Reino Unido, Europa, Médio Oriente e Ásia.
A sua empresa editora, a Pearson, garantiu que o jornal vai continuar a ser impresso em todo o mundo.
Detido pela empresa britânica Pearson, o FT viu os seus assinantes via internet ultrapassarem os da edição impressa pela primeira vez em 2012.
*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico aplicado pela agência Lusa