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Taça da Liga. Não há duas sem três ou à terceira é de vez?

Taça da Liga. Não há duas sem três ou à terceira é de vez?

Francisco Leong / AFP Bruno Venâncio 22/01/2019 18:13

FC Porto e Benfica decidem esta noite o primeiro finalista da edição 2018/19 da prova mais jovem do calendário futebolístico nacional. Nos confrontos anteriores, as águias levaram sempre a melhor

Fica esta noite conhecido o primeiro finalista da edição 2018/19 da Taça da Liga, prova tantas vezes vista como o parente “pobre” do calendário futebolístico nacional. Uma realidade, porém, que parece estar a mudar com o decorrer das temporadas, como o prova o facto de, pela primeira vez nos seus 12 anos de existência, se encontrarem nas meias--finais os quatro primeiros classificados do campeonato (FC Porto, Benfica, Braga e Sporting).

Hoje entram em campo dragões e águias, numa reedição das meias-finais das épocas 2011/12 e 2013/14. Em ambos os casos foi o Benfica a levar a melhor, numa prova onde tem demonstrado uma superioridade evidente (sete troféus conquistados). A 20 de março de 2012, na Luz, os encarnados venceram por 3-2, com golos de Maxi Pereira (hoje dragão), Nolito e Cardozo - Lucho González e Mangala marcaram para os azuis-e-brancos, então treinados por Vítor Pereira. Na final, o Benfica, ainda orientado por Jorge Jesus, viria a bater o Gil Vicente (2-1, golos de Rodrigo e Saviola).

Dois anos depois, o embate deu-se no Dragão. Apesar de ter apresentado um conjunto com várias segundas linhas (a partida disputou-se no meio da eliminatória das meias-finais da Liga Europa, com a Juventus), e reduzido a dez desde os 32 minutos por expulsão de Steven Vitória, o Benfica aguentou o nulo até ao fim do tempo regulamentar frente a um FC Porto na máxima força e orientado por Luís Castro, e foi mais feliz (ou competente) nos penáltis, voltando a carimbar a passagem à final da prova. Viria a vencer novamente, aí por 2-0 sobre o Rio Ave de Nuno Espírito Santo (golos de Rodrigo e Luisão).

 

Todos querem ganhar Fica, portanto, no ar a dúvida: não há duas sem três ou à terceira é de vez? Para já, Sérgio Conceição assumiu estar à espera de um “jogo difícil, dentro daquilo que são os clássicos em Portugal”. O treinador do FC Porto garantiu uma equipa “preparada para conseguir ir à final” e não deixou dúvidas em relação às intenções dos dragões - que ainda nunca venceram o troféu: “É um título que nós queremos. Queremos ganhar o segundo título esta época [depois da Supertaça].”

O técnico dos azuis-e-brancos considerou ainda que os encarnados estão num “momento melhor do que há um mês”, apontando “mudanças bem visíveis” após a troca de Rui Vitória por Bruno Lage no comando técnico do Benfica. “Na estrutura da equipa, naquilo que é o ambiente da equipa, há a motivação normal do grupo de trabalho. Não pela qualidade do treinador, mas só a mudança faz com que os jogadores queiram demonstrar e ter uma vida nova. Isso faz com que a confiança passe para níveis superiores e dê algum alento à equipa. Estamos atentos a isso e à forma como o Benfica joga, um bocadinho diferente de há uns tempos”, frisou.

Lage, por seu lado, adotou exatamente o mesmo tom no que às ambições das águias diz respeito. “Encaramos o jogo como uma final, mesmo sendo uma meia--final. É uma final para chegar a uma final. É com essa determinação que vamos encarar o jogo”, garantiu, antevendo “determinação, foco e atitude totais nos dois lados.”

 

A única final No histórico dos confrontos entre FC Porto e Benfica nesta prova encontra-se também uma final - algo que não se poderá repetir desta feita, obviamente. Também aí as águias foram superiores - e muito, na verdade: uma vitória por 3-0, na edição de 2009/10. A cumprir a primeira temporada como treinador do Benfica, Jorge Jesus escalonou uma equipa com alguns habituais suplentes, como Rúben Amorim, Carlos Martins, Airton ou Alan Kardec, enquanto o FC Porto, que tinha Jesualdo Ferreira como treinador pela quarta temporada, rodou apenas na baliza, com Nuno a ser o titular.

Seria mesmo por aí que o triunfo do Benfica começaria a ser construído. Logo aos dez minutos, um remate de fora da área aparentemente inofensivo de Rúben Amorim acabou por se transformar em golo depois de uma fífia monumental de Nuno. Em cima do intervalo, Carlos Martins aumentou a vantagem encarnada com um verdadeiro míssil, na transformação de um livre direto a mais de 30 metros da baliza, e, já nos descontos, Cardozo sentenciou a contagem. Foi a segunda Taça da Liga seguida para o Benfica, depois da controversa vitória por penáltis frente ao Sporting na época anterior.

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