A cidade do Porto espera há seis meses pela chegada do metrobus, autocarro a hidrogénio que irá circular nas avenidas Marechal Gomes da Costa e Boavista. nesta última em via dedicada. Na atualidade, o seu canal é usado como ciclovia improvisada.
A 23 de agosto que a Metro do Porto anunciou que “a empreitada do metrobus ficou terminada”, com exceção dos acabamentos nas estações, paisagismo e jardinagem.
À data, discutia-se a possibilidade de autocarros da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) utilizarem, de forma provisória, o canal até à chegada dos veículos do metrobus, cuja chegada está atrasada. Mas a a opção foi abandonada face a testes insatisfatórios.
A não utilização do canal pelos autocarros levou ao seu aproveitamento como ciclovia, tendo já movimentos e associações do setor instado às entidades competentes a repensar o projeto “como um todo”. Isto porque se mantiveram duas vias para automóveis e nenhuma para meios de mobilidade suave, apesar da sua utilização.
O atraso no fornecimento de veículos remonta à anulação do primeiro concurso público para aquisição dos autocarros e do sistema de produção de hidrogénio ‘verde’, que foi lançado em dezembro de 2022 e anulado, sendo repetido em julho de 2023.
Já depois da obra praticamente concluída, a Metro do Porto anunciou que estava a tentar receber os veículos até ao final de 2024, em janeiro ou fevereiro, e na quinta-feira validou a informação adiantada pela CaetanoBus (parte do consórcio vencedor) de que os veículos chegarão nos próximos dois meses e começarão a circular em maio.
O metrobus do Porto será um serviço de autocarros a hidrogénio que ligará a Casa da Música à Praça do Império e à Anémona (na segunda fase) em 12 e 17 minutos, respetivamente.
O conjunto dos veículos e do sistema de produção de energia custaram 29,5 milhões de euros. Já a empreitada do metrobus custa cerca de 76 milhões de euros.