A Baja Montes Alentejanos marca o início da temporada do todo-o-terreno para automóveis, SSV e motos, e conta com a presença de alguns pilotos que obtiveram excelente resultados no Dakar 2025, caso de João Ferreira (8.º da geral) e Gonçalo Guerreiro (2.º na Challenger). A lista de inscritos conta outros pilotos que têm uma presença assídua nas competições nacionais “estamos convictos de que vamos ter uma grande competição. Este ano vai ser diferente, temos de inovar, essa é uma premissa que seguimos”, afirmou Humberto Silva, presidente do Clube de Promoção de Karting e Automobilismo (CPKA). Recuando no tempo, foram disputadas até ao momento 216 provas do campeonato de Portugal de todo-o-terreno. Miguel Barbosa é o piloto com melhor palmarés, venceu 38 provas e conquistou oito títulos nacionais. Entre as marcas, a Mitsubishi venceu por 69 vezes e conquistou cinco títulos.
Numa baja com um traçado bastante rápido, os carros da categoria T1+ são claramente favoritos. A luta pela vitória promete ser intensa entre o campeão nacional João Ferreira (Mini JCW T1+), João Ramos (Toyota Hilux T1+), Francisco Barreto (Toyota Hilux T1+), Luís Recuenco (Toyota Hilux T1+), Alejandro Martins (Mini JCW Rally Plus), Pedro Dias da Silva (Ford Ranger) e Dave Klassen (Red Revo). Na categoria T3, destaque para os ex-campeões nacionais Miguel Barbosa e Tiago Reis, ambos em Taurus Max, que podem andar entre os mais rápidos.
Gonçalo Guerreiro ((Polaris Pro R) foi segundo na categoria Challenger na estreia na Dakar e, em Beja, vai lutar pela vitória. “Aquilo que eu mais gosto de fazer é conduzir. Vou dar o melhor numa das provas mais completas do campeonato, e que é também das minhas favoritas”, afirmou. Tiago Reis é outro dos pilotos com andamento para vencer “é a minha prova preferida. É a única que vou fazer em Portugal porque o meu foco está em disputar o campeonato da Europa da bajas, e esta prova vai servir de teste”, afirmou o tricampeonato nacional de todo-o-terreno.
O percurso é secreto e tem um total de 350 km. Existem oito zonas espetáculo onde o público pode assistir à passagem dos concorrentes. Na sexta-feira, dia 14, realiza-se o prólogo, com 10 km. A prova começa verdadeiramente no sábado, dia 15, com os pilotos a realizarem o primeiro setor seletivo com 169,9 km. Este percurso é repetido no domingo, pelo que o segundo dia já não é tão secreto quanto o primeiro. “Mais de metade do percurso é rápido, com bom piso, e sem muita lama. Depois há uma zona encadeada e, a parte final, é mais lenta e muito técnica”, explicou Joaquim Capelo, diretor de prova, que fez questão de salientar “o setor seletivo está dividido em sete zonas em termos de segurança. Existem cinco equipas de emergência médica, todas equipadas com viaturas 4X4 para uma assistência rápida. Cada uma será composta por um médico e paramédico ou enfermeiro. Distribuídas pelo terreno estão oito ambulâncias, dois carros de fogo e um de desencarceramento”.