Rui Tavares acusa Aguiar-Branco de “fazer de conta que problemas não existem”

Rui Tavares acusa Aguiar-Branco de “fazer de conta que problemas não existem”


Em causa está o alegado gesto nazi de Miguel Arruda no Parlamento.


O porta-voz do Livre acusou o presidente do Assembleia da República de “fazer de conta que os problemas não existem”, referindo-se à alegação de Miguel Arruda, ex-deputado do Chega, ter feito a saudação nazi para sinalizar o voto.

“Parece-me que há aqui, às vezes, uma certa tendência de certos responsáveis políticos e também do senhor presidente da Assembleia da República em fazer de conta que os problemas não existem quando eles existem”, afirmou Rui Tavares, esta quarta-feira, no Parlamento.

O dirigente do Livre reagia assim às declarações de José Pedro Aguiar Branco que disse, na segunda-feira, que os deputados não devem ser polícias uns dos outros.

Para Rui Tavares, que foi quem acusou Miguel Arruda de fazer gesto nazi, os deputados têm “um dever perante o país de que o Parlamento seja uma representação condigna”, e o presidente da Assembleia da República “ainda tem mais essa obrigação”.

“Foi por isso que eu, logo na sexta-feira, disse que estava em crer que seria do interesse do próprio presidente da Assembleia da República trazer este tema à conferência de líderes para até poder alinhar o que são as práticas da nossa Assembleia da República com a de qualquer parlamento europeu, onde o mesmo gesto seria considerado, como deve ser considerado, uma afronta à democracia. Pois bem, enganei-me”, afirmou o deputado do Livre, prometendo trazer o tema à próxima reunião.