Gripe. Portugal pouco abaixo da meta de vacinação de pessoas com 65 anos ou mais

Gripe. Portugal pouco abaixo da meta de vacinação de pessoas com 65 anos ou mais


Do total de vacinados na amostra estudada, o principlal motivo foi a recomendação do médico (44,4%)


Quase três em cada quatro pessoas (73,6%) com 65 ou mais anos vacinaram-se contra a gripe este ano. Segundo a estimativa da monitorização da campanha de vacinação divulgada esta quarta-feira o valor está pouco abaixo da meta da Organização Mundial da  Saúde (OMS) que é de 75%. 

De acordo com a última vaga do vacinómetro, uma iniciativa da Sociedade Portuguesa de Pneumologia e da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), este ano Portugal “não terá atingido, para este grupo etário”, a meta da OMS.

Os dados da 4.ª e última vaga do vacinómetro revelam que se vacinaram este ano 47,4% das pessoas da amostra analisada (mais de 4.000), valor ligeiramente acima dos 47,3% registados na 4.ª vaga da campanha de vacinação de 2023/2024.

A informação ainda uma taxa de cobertura de 85,1% na população com 85 ou mais anos de idade. Mais de metade (52,6%) da amostra estudada não sabe que está disponível gratuitamente uma vacina de dose elevada para a população de 85 ou mais anos e 84,2% dos inquiridos com mais de 85 anos disseram ter sido informados pelo profissional de saúde de que estariam a receber uma vacina de dose elevada “aquando da administração”.

Segundo o vacinómetro, que monitoriza a vacinação contra a gripe, através de questionários, nesta época gripal 75,6% dos portadores de doença crónica também se vacinaram, um valor ligeiramente inferior ao do ano passado (76,6%).

Os dados indicam também que 73,7% das pessoas com diabetes, 74,5% da população com doença cardiovascular e 89,5% das pessoas com Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica receberam a vacina da gripe. 64,9% das grávidas foram vacinadas assim como 64% das pessoas com 60 ou mais anos de idade.

Quando à população com 65 ou mais anos de idade, na Região Norte terão sido vacinadas 85,2% das pessoas, no Algarve 80,6%, na Região Autónoma da Madeira 78,6%, na região Centro 71,6%, na Área Metropolitana de Lisboa 68%, no Alentejo 59,4% e nos Açores 36%.

Do total de vacinados na amostra estudada, os principais motivos foram a recomendação do médico (44,4%), o contexto de uma iniciativa laboral (23%), a iniciativa própria (20%), o facto de ter recebido notificação de agendamento pelo Serviço Nacional de Saúde (7,4%) e por saber que faz parte dos grupos de risco para determinadas patologias (5%).