O Parque das Nações é cada vez mais uma mini cidade dentro da nossa capital. O projeto bem conseguido que sucedeu à Expo98 acolhe não só milhares de residentes como vai atraindo múltiplos projetos e espaços que não querem deixar de ativar a sua marca nesta zona. É por isso frequente vermos muitas marcas de prestigio na restauração e hotelaria do centro da capital, também por ali, umas vezes com produtos singulares outras autênticas réplicas de casos bem sucedidos que já funcionam há alguns anos. Quem por ali circula de dia ou de noite, sente uma área vibrante, cheia de vida e de coisas a acontecer a que não será alheio o facto de estar perto do aeroporto mas também porque é palco de alguns dos grandes espaços de eventos do nosso país. É o caso da FIL– Centro de Exposições e Congressos de Lisboa mas também do antigo Pavilhão da Utopia que já foi também Pavilhão Atlântico e que mudou recentemente de proprietários. O MEO Arena é nos dias que correm o epicentro dos grandes concertos com o Centro Comercial Vasco da Gama mesmo em frente e o Rio Tejo como pano de fundo.
É por isso natural que comecem a surgir novos produtos muito apetecíveis também no domínio da restauração e do entretenimento. É o caso da emblemática Torre Vasco da Gama. O ponto mais alto de Lisboa, com uma vista impactante faz parte do Hotel Myriad do grupo Sana Hotels e apresenta agora um GastroBar (ainda em modo soft opening ) que tive oportunidade de visitar e que deixa definitivamente de água na boca. O espaço circular a cerca de 140 metros de altura (confesso que para alguém com vertigens como eu merece algum respeito) tem uma vista de 360º sobre a cidade e o rio. Logo à entrada somos recebidos por uma simpática porteira que nos encaminha para os elevadores que desaguam praticamente em frente à cabine de DJ. Uma pequena e improvisada pista de dança leva-nos para um bar de cocktails, com excelentes escolhas e já muito bem afinado, como é o caso do Moscow Mule com espuma de gengibre (dos melhores que provei). Depois uma barra a toda a volta permite-nos picar algumas coisas sempre com uma vista magnífica. Para já conta com ceviche de lírio, um ótimo bao de camarão e um hambúrguer de novilho mas prometem algumas novas surpresas em breve.
O espaço conta com sofás virados para os vidros que acompanham a parede e embora não seja muito funcional porque as pessoas não se veem de um lado ao outro vive sempre com o impacto do que a vista alcança. Segundo Gustavo Galhardo, responsável do espaço e da programação, vai atraindo alguns bons djs da nossa praça, sempre numa vertente eletrónica mas cool, num registo do “dá para todos os ouvidos” com alguns clássicos à mistura. Se olharmos para cima vemos uns curiosos hexágonos que vão mudando de cor dando um movimento interessante combinado com um jardim vertical que também acompanha em 360º. Às quintas-feiras o conceito “after work” promete agitar as muitas empresas sediadas no Parque das Nações e ao fim de semana a noite vai até um pouco mais tarde com o intuito de atrair turistas mas também os inúmeros residentes que procuram um sítio de eleição para beber um copo e se divertirem. Fui com dois amigos e ficou a vontade e o desejo de regressar em breve. Chama-se Babylon 360.º e merece uma visita.