“É a grande referência da guitarra portuguesa”


A minha admiração pelo guitarrista e pela sua obra foi crescendo à medida que ia ouvindo em loop os seus discos. Quis estudar o repertório de Carlos Paredes e a sua técnica.


Falar de Carlos Paredes é falar da Guitarra Portuguesa. Sem Dúvida um dos maiores compositores e guitarristas da nossa história e o principal responsável pela divulgação e pela popularidade da guitarra portuguesa junto dos portugueses e não só. Mesmo quem pouco sabe sobre a guitarra portuguesa conhece o nome de Carlos Paredes e o tema “Verdes Anos”.

A minha admiração por Carlos Paredes vem desde o meu primeiro contacto com a guitarra. À medida que fui aprendendo a tocar este instrumento fascinante, tive uma enorme vontade de ir ouvir e descobrir o repertório da guitarra portuguesa. As “guitarradas” fascinavam-me mais que os fados. Comecei a ouvir muitos discos de Carlos Paredes e não havia como ficar indiferente a esta sonoridade tão única, tão dele e tão portuguesa. As suas melodias contam histórias variadas: do amanhecer, da saudade, da primavera, do Mondego, do amor, do trabalho. Harmonias suas que nos envolvem e acompanham nessas histórias, num “tempo” muito seu e que ganha vida com a sua própria respiração e intenção em cada corda que faz gemer e em cada nota que ressoa. A sua música navega, oscila numa onda, num vai e vem, dinâmico e nunca certo. E o seu querido amigo Fernando Alvim, ouve, respira e dança com ele, como mais ninguém, na sua viola.

As suas interpretações são sublimes a sua técnica e vigor invejável. A minha admiração pelo guitarrista e pela sua obra foi crescendo à medida que ia ouvindo em loop os seus discos. Quis estudar o repertório de Carlos Paredes e a sua técnica. Foi esta enorme admiração por ele que me fez ir para Coimbra, fui uma semana aprender com o maior conhecedor à data do seu repertório, o guitarrista Paulo Soares.

Tal como eu, todos os guitarristas procuram tocar temas de Carlos Paredes. Nunca com a pretensão de o igualar ou tocar com a sua profundidade e sensibilidade, que são únicas, mas por ser a grande referência da guitarra portuguesa e a admiração que por ele sentimos ser generalizada.

Depois de compor o meu primeiro tema, “Minha Alma”, percebi que era óbvia a influência da música de Paredes. Mais tarde seguiram-se “Movimento”, ou “Viagem”, temas registados no meu primeiro disco, juntamente com uma versão do “Canto do Rio” com um arranjo para cordas escrito por mim e pelo Rodrigo Serrão. Neste último álbum, “Sem Palavras” a minha homenagem à minha grande referência foi interpretar o seu tema mais incónico, “Verdes Anos”, numa conversa com o “Summertime” de George Gershwin.

No seu aniversário centenário, é fundamental celebrar a sua obra, o seu legado, intemporal, a sua visão inovadora da guitarra portuguesa como uma voz de expressão tão portuguesa. Celebrar tocando o seu repertório, e passando-o para as próximas gerações de músicos, fazendo-o ressoar pelo mundo como uma das nossas grandes bandeiras.

Guitarrista

“É a grande referência da guitarra portuguesa”


A minha admiração pelo guitarrista e pela sua obra foi crescendo à medida que ia ouvindo em loop os seus discos. Quis estudar o repertório de Carlos Paredes e a sua técnica.


Falar de Carlos Paredes é falar da Guitarra Portuguesa. Sem Dúvida um dos maiores compositores e guitarristas da nossa história e o principal responsável pela divulgação e pela popularidade da guitarra portuguesa junto dos portugueses e não só. Mesmo quem pouco sabe sobre a guitarra portuguesa conhece o nome de Carlos Paredes e o tema “Verdes Anos”.

A minha admiração por Carlos Paredes vem desde o meu primeiro contacto com a guitarra. À medida que fui aprendendo a tocar este instrumento fascinante, tive uma enorme vontade de ir ouvir e descobrir o repertório da guitarra portuguesa. As “guitarradas” fascinavam-me mais que os fados. Comecei a ouvir muitos discos de Carlos Paredes e não havia como ficar indiferente a esta sonoridade tão única, tão dele e tão portuguesa. As suas melodias contam histórias variadas: do amanhecer, da saudade, da primavera, do Mondego, do amor, do trabalho. Harmonias suas que nos envolvem e acompanham nessas histórias, num “tempo” muito seu e que ganha vida com a sua própria respiração e intenção em cada corda que faz gemer e em cada nota que ressoa. A sua música navega, oscila numa onda, num vai e vem, dinâmico e nunca certo. E o seu querido amigo Fernando Alvim, ouve, respira e dança com ele, como mais ninguém, na sua viola.

As suas interpretações são sublimes a sua técnica e vigor invejável. A minha admiração pelo guitarrista e pela sua obra foi crescendo à medida que ia ouvindo em loop os seus discos. Quis estudar o repertório de Carlos Paredes e a sua técnica. Foi esta enorme admiração por ele que me fez ir para Coimbra, fui uma semana aprender com o maior conhecedor à data do seu repertório, o guitarrista Paulo Soares.

Tal como eu, todos os guitarristas procuram tocar temas de Carlos Paredes. Nunca com a pretensão de o igualar ou tocar com a sua profundidade e sensibilidade, que são únicas, mas por ser a grande referência da guitarra portuguesa e a admiração que por ele sentimos ser generalizada.

Depois de compor o meu primeiro tema, “Minha Alma”, percebi que era óbvia a influência da música de Paredes. Mais tarde seguiram-se “Movimento”, ou “Viagem”, temas registados no meu primeiro disco, juntamente com uma versão do “Canto do Rio” com um arranjo para cordas escrito por mim e pelo Rodrigo Serrão. Neste último álbum, “Sem Palavras” a minha homenagem à minha grande referência foi interpretar o seu tema mais incónico, “Verdes Anos”, numa conversa com o “Summertime” de George Gershwin.

No seu aniversário centenário, é fundamental celebrar a sua obra, o seu legado, intemporal, a sua visão inovadora da guitarra portuguesa como uma voz de expressão tão portuguesa. Celebrar tocando o seu repertório, e passando-o para as próximas gerações de músicos, fazendo-o ressoar pelo mundo como uma das nossas grandes bandeiras.

Guitarrista