Data Center de Sines continua com projetos em licenciamento

Data Center de Sines continua com projetos em licenciamento


Espaço já recebeu gigante alemã de serviços de internet, mas a este edifício vão-se somar mais cinco. Investimento deverá rondar os 8,5 mil milhões e fonte do Ministério da Economia lembra que projeto prevê ‘várias fases’.


O projeto do Data Center, em Sines, continua em marcha, apesar da polémica em que esteve envolvido. Foi apresentado em 2021 como o maior investimento estrangeiro desde a Autoeuropa e esteve no centro da investigação do Ministério Público que levou à demissão do primeiro-ministro António Costa. Fonte do Ministério da Economia diz que este projeto «prevê várias fases», em que o primeiro já «está concluído e em operação desde outubro de 2024».

Ao nosso jornal, fonte do Ministério da Economia, tutelado por Pedro Reis, refere ainda que as restantes fases «continuam em processo de licenciamento, o projeto continua em acompanhamento pelas entidades públicas envolvidas nos procedimentos administrativos em curso, sob a coordenação da CPAI (Comissão Permanente de apoio ao Investidor)».

Raio-x

Na altura, em que foi apresentado, o Data Center foi classificado como ‘Projeto de Potencial Interesse Nacional’ devido ao impacto que poderá vir a ter na economia do país. E a localização foi escolhida à risca. Sines é a porta de entrada para a informação que chega através de cabos submarinos, como o Ella Link que liga Portugal ao Brasil, permitindo uma melhor e mais rápida conectividade entre países.

O Sines Data Center deverá estar a operar em pleno em 2030, alimentado por energia 100% verde – a meta parece ambiciosa. Com uma capacidade energética prevista de 1,2 gigawatts, a empresa quer aproveitar os sistemas de captação e descarga que já existem na antiga central a carvão para arrefecimento com água do mar.

Quando foi inaugurado o primeiro edifício, SIN01, a Start Campus assinalou a data. «A IA já é uma realidade em Portugal e estamos orgulhosos de estar na vanguarda dessa transformação. Nosso projeto tornou possível um novo mercado global de centros de dados que não existia antes do funcionamento do SIN01».E acrescentou:_«Portugal é uma alternativa ideal aos mercados limitados, com abundante energia renovável, acesso à rede, preços de energia competitivos e uma cadeia de suprimentos projetada especificamente para isso».

Também Theresa Bobis, diretora regional do Sul da Europa da empresa digital que inaugurou o primeiro edifício, referiu: «Nos próximos anos, com a chegada de novos cabos submarinos, a conexão direta de Sines com a América do Norte, o sul da Europa, a África e o Oriente Médio este ponto de ligação e interconexão digital será reforçada, fortalecendo o papel da cidade como um portal digital global».

A este vão-se somar mais mais cinco edifícios. A Start Campus, que conta como acionistas os fundos Davidson Kempner (dos EUA) e Pioneer Point Partners (do Reino Unido), investiu até ao momento 250 milhões de euros no projeto e terá atingido os 300 milhões até ao final do ano. O objetivo é duplicar esse investimento em 2025. No total, a ideia é investir cerca de 8,5 mil milhões de euros.

Nos próximos anos, com a chegada de novos cabos submarinos, a conexão direta de Sines com a América do Norte, o sul da Europa, a África e o Oriente Médio este ponto de ligação e interconexão digital será reforçada, fortalecendo o papel da cidade como um portal digital global.